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Cristina Kirchner defende reforma do Conselho de Segurança

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu nesta sexta-feira (24) a reforma do Conselho de Segurança da ONU, para construir um novo Conselho, “em conformidade com nossa época” e que promova verdadeiramente a paz no mundo.

Cristina Kirchner aproveitou seu discurso no segundo dia do 65º período de sessões da Assembleia Geral da ONU, para protestar contra as variadas injustiças cometidas por algumas potências mundiais para com os menos favorecidos.

Ela se referiu especificamente às nações que por sua condição de aliados nas grandes organizações internacionales “usam e abusam desta posição e causam dano às resoluções” adotadas pela ONU.

Cristina Kirchner criticou que para o Conselho de Segurança aquelas medidas “só são aplicáveis para os países que não têm poder e direitos suficientes para estar sentados em uma cadeira permanente.

Para ela o Conselho de Segurança perdeu funcionalidade porque não se compadece com o mundo e os perigos que ameaçam o mundo.

Como um exemplo de abuso de poder, Kirchner recordou o caso do arquipélago das Malvinas e as décadas durante as quais a Argentina vem reclamando sua soberania diante da Grã Bretanha.

O caso das Malvinas é muito demonstrativo, ninguém impõe o cumprimento das resoluções da ONU sobre o assunto, por ser a Grã Bretanha aliada importante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Em um mundo com duplo critério onde os países em desenvolvimento e com níveis de debilidade são os únicos que devem cumprir as resoluções da ONU, não haverá possibilidade de paz e preservação da segurança”, sentenciou.

A presidente acrescentou que essas situações terminam abrindo “mais brechas e diferenças insuperáveis que vemos cotidianamente”.

Em sua intervenção diante de representantes de 192 nações, a presidente Cristina Kirchner fez um chamamento à necessidade de advertir que os conceitos de segurança e de paz “não podem estar associados a uma questão de carácter militar, mas às vezes têm a ver com a política, a igualdade e a liberdade, e talvez com uma bandeira que guiou a humanidade nos últimos años: a igualdade”.

Fonte: Agência Venezuelana de Notícias