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Na ONU, Obama concentra atenção sobre Oriente Médio

O acordo de paz no Oriente Médio foi o assunto principal do discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na 65ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ele foi o segundo orador, depois do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que substituiu o presidente Lula.

O chefe da Casa Branca pediu a Israel que estenda a moratória sobre a construção de novos assentamentos na Cisjordânia, cujo prazo expira neste domingo e fez um apelo a israelenses e palestinos a aproveitarem a oportunidade da retomada das negociações para chegar a um consenso.

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Obama também destacou a relação do Ocidente com o Irã e reafirmou a política de duas vias –  acenos de diálogo e pressões: "A porta da diplomacia segue aberta", mas o país precisa cumprir seus compromissos internacionais e renunciar ao enriquecimento de urânio. Também indicou que "o governo iraniano deve demonstrar um compromisso claro e crível, provando as intenções pacíficas de seu programa nuclear".

As palavras amenas do presidente dos Estados Unidos não encontram confirmação na realidade. Em toda a parte observam-se tensões resultantes da política agressiva e intervencionista do imperialismo norte-americano.

O Iraque segue sob ocupação de mais de 50 mil soldados, apesar do anúncio de que a fase de combates terminou e da retirada de uma parte das tropas. No Afeganistão aumenta a presença militar estadunidense e dos seus aliados da Otan e nada indica o fim desta guerra de ocupação.

Quanto ao Oriente Médio, a diplomacia norte-americana pretende envolver os palestinos numa negociação em que o interesse supremo é o compromisso destes com a “segurança de Israel”. As promessas de criação do Estado palestino são vagas e não consideram com objetividade as reivindicações históricas desse povo mártir.

Em relação ao Irã, os acenos de Washington ao diálogo estão eivados de hipocrisia.

Obama referiu-se também em seu discurso ao cenário de crise econômica e financeira mundial quando de sua chegada ao poder e disse que hoje o sistema financeiro global foi reformulado "para que uma crise como esta não volte a se repetir". Graças a estes esforços, conforme ele, a economia global retornou da beira do precipício da depressão e voltou a crescer.

Não é o que parece. Ressalvado o crescimento econômico em alguns países considerados emergentes, sobretudo a China, a realidade do mundo capitalista é sombria, a crise persiste e a atitude em geral dos governos é salvar os lucros dos grandes monopólios atirando sobre as costas dos trabalhadores o ônus da crise.

Da Redação, com agências