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EUA sabotam relatório da ONU sobre assalto a flotilha

Os Estados Unidos não levaram em consideração nesta terça-feira (28) o relatório apresentado pela missão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que investigou o ataque israelense à Flotilha da Liberdade, no qual foram assassinados nove ativistas.

Ainda que o assalto tenha sido declarado ilegal e criminoso pela comissão investigadora, a representação norte-americana não deixou de apoiar a ação de Israel, sem nem sequer reparar nas conclusões contidas no documento apresentado na segunda-feira em Nova York.

A representante estadunidense na ONU em Genebra, Eileen Chamberlain, limitou-se a expressar "preocupação" pelo tom e as ideias que se mantêm com respeito ao ataque, ocorrido em maio último.

Para Eileen, ela só acreditará no resultado da comissão estabelecida pelo secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que faz uma investigação "independente" em relação à do Conselho de Direitos Humanos.

Ao apresentar o relatório deste organismo, o juiz Karl Hudson-Phillips sublinhou que o uso da força por parte dos soldados israelenses foi desproporcionado, excessivo e com injustificados níveis de violência.

Em nenhum momento o governo de Telavive apreendeu nos navios armas de fogo que pudessem alimentar as suspeitas sobre um traslado de armamentos por parte da missão humanitária a grupos rebeldes na Faixa de Gaza, indicou Hudson-Phillips.

De acordo com a investigação, das nove vítimas, pelo menos seis foram abatidas de modo idêntico ao de uma execução sumaria, ilegal e arbitrária, e duas delas receberam balaços mortais quando já estavam gravemente feridas.

Países árabes, não alinhados e representações da União Europeia reunidos em Genebra apoiaram as conclusões do relatório e concordaram em classificar de inaceitável o bloqueio naval e terrestre de Israel contra o território palestino, desde junho de 2007.

Da redação, com agências