Obama na ofensiva para salvar eleições para democratas
O presidente estadunidense, Barack Obama, prosseguiu nesta quarta-feira (29) sua ofensiva para estimular a vitória do Partido Democrata nas eleições legislativas de 2 de novembro, com passagens nos estados de Iowa e Virgínia.
Publicado 29/09/2010 23:13
Obama iniciou na terça um périplo que o levou ao Novo México e Wisconsin para conquistar o apoio dos eleitores a cinco semanas das eleições, nas quais estão em jogo 435 cadeiras na Câmara dos Representantes e 37 no Senado.
Durante a parada em Albuquerque, no Novo México, Obama abordou o tema da reforma da educação e o apoio dado por seu governo à juventude, o que, opinou, será revertido se a oposição obter a maioria no Capitólio.
Entretanto, sua mensagem não teve grande acolhida, pois os eleitores agora estão focados nos efeitos da recessão em seus bolsos, algo que determinou o voto na maioria das eleições americanas.
A viagem de Obama ocorre ao mesmo tempo com a publicação de uma longa entrevista sua, realizada no dia 17 deste mês pela revista Rolling Stone, na qual critica em duros termos os seus partidários, que, disse, alimentam uma perigosa apatia na militância da base partidária.
O presidente não escondeu seu desconforto pelo que qualificou de falta de entusiasmo entre os democratas progressistas, às vésperas das eleições de novembro próximo.
Mesmo assim, aproveitou a oportunidade para destacar as conquistas de seu governo em quase dois anos, algo que foi considerado fundamental em seus discursos nesta quarta, em Iowa e Virgínia, locais de tradição conservadora, onde os temas econômicos e militares têm grande peso.
"Cheguei para prevenir uma grande depressão, restaurar o sistema financeiro para que funcionasse novamente e gerenciei duas guerras", destacou.
Para o presidente dos EUA, "é muito importante que os democratas se orgulhem do que temos obtido no governo".
Obama, de acordo com o que disse à revista, espera que seus partidários "sacudam a letargia" e lutem mais nesta eleição, que ameaça servir como um marco do ressurgimento dos republicanos.
Fonte: Prensa Latina