Sem categoria

ICV-Disse registra nova alta dos alimentos em setembro

Em setembro, o aumento dos preços no município de São Paulo teve aceleração e a taxa do ICV-Dieese chegou a 0,53%, com alta de 0,28 ponto percentual (pp) em relação a agosto (0,25%). Neste mês, as taxas por estrato de renda mantêm uma correlação negativa com o poder aquisitivo das famílias, registrando alta de 0,61%, para o estrato 1; de 0,59% para o estrato 2 e menor para o estrato 3, cuja taxa ficou em 0,49%.

Alimentação (1,03%) e Habitação (0,87%) foram os grupos que tiveram os maiores aumentos, e juntos contribuíram com 0,49 pp no cálculo da taxa de setembro. O destaque negativo dentro do grupo Alimentação é a carne, cujos preços dispararam 8,77% no último trimestre e quase 32% ao longo do ano.

Variações menores foram observadas nos grupos: Despesas Pessoais (0,28%), Vestuário (0,20%) e Transporte (0,11%). Apenas na Saúde (-0,06%) houve queda de preços.

Inflação Acumulada

Nos últimos 12 meses, de outubro de 2009 a setembro de 2010, o ICV-Diesse apresentou alta de 5,43%. Ao se considerar os diferentes estratos, as taxas anuais são iguais em 5,52%, para os estratos 1 e 2, e menor para o estrato 3 (5,38%).

Neste ano – de janeiro a setembro – a inflação acumulada é de 4,17%, e segundo os estratos, verifica-se taxa mais elevada para os mais pobres (4,53%), seguida pelo segundo estrato (4,39%) e menor – de 3,99% – para as famílias de maior poder aquisitivo.

Preço da carne

Em setembro, a carne bovina no varejo subiu 5,33% e neste ano sua taxa já atinge 12,88%. Como o produto é o que mais pesa (4,04%) no grupo Alimentação, este reajuste resultou em uma contribuição no cálculo do ICV deste mês da ordem de 0,22 pp.

Um estudo do Dieese buscou verificar qual é o comportamento do preço da carne no atacado e no varejo, em período que se estende de janeiro de 2008 até setembro último. A análise do período como um todo revela aumentos maiores no varejo (31,99%), frente aos praticados no atacado (26,10%). Porém, a observação das taxas neste ano preocupa, pois o comportamento deste 3º trimestre (8,77%) apresenta variação extremamente elevada.

Fonte: Dieese