CTB-Bahia lembra o Dia Mundial do Trabalho Decente

Salário justo, respeito à jornada, segurança e condições dignas de trabalho. Estes são alguns dos critérios definidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para que um trabalho seja considerado decente. Foi para cobrar o acesso de todos os trabalhadores a estas condições, que a seção Bahia da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) organizou um ato público na tarde desta quinta-feira (7/8), em frente a Superintendência Regional do Trabalho, no Centro de Salvador.

Ato da CTB-Bahia lembra o Dia Mundial do Trabalho Decente

A manifestação teve o objetivo de lembrar o Dia Mundial do Trabalho Decente, 7 de outubro, que deve levar milhões de pessoas às ruas em todo o mundo para cobrar emprego e salário justo para todos. No Brasil, os protestos ficaram a cargo das centrais sindicais, que realizam atos públicos nas principais cidades do país para exigir melhores condições de vida e trabalho.

“Nós somos os principais porta-vozes dos trabalhadores e viemos aqui cobrar que sejam proporcionadas as condições de trabalho decente em todas as profissões, que todos recebam salários justos, que acabe o trabalho escravo na Bahia e no Brasil. Queremos, sobretudo, que os trabalhadores sejam tratados com dignidade, com respeito e que tenham reconhecido o seu papel de destaque na sociedade brasileira”, afirmou o secretário Geral da CTB Bahia, Florisvaldo Bispo.

O conceito da Agenda do Trabalho Decente (ATD), proposto pela OIT, nasceu a partir da construção de uma alternativa à crise mundial do desemprego. A OIT define o Trabalho Decente como um trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna.

Segundo Adilson Araújo, presidente da CTB Bahia, medidas como a política de valorização do salário mínimo e o fortalecimento do papel do Estado têm sido essenciais para o país superar a crise e combater as desigualdades, e precisam ser aprofundadas para efetivar a justiça social. “Agora, é hora de ampliar direitos, reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salário, combater a precarização e o trabalho infantil, garantir igualdade de oportunidades e serviços públicos de qualidade. Para que isso ocorra, é preciso aumentar os investimentos em políticas públicas e pressionar para colocar o setor financeiro em sintonia com um projeto nacional de desenvolvimento inclusivo, reduzindo as taxas de juros e ampliando os recursos para os setor produtivo e para as áreas sociais,” concluiu.

De Salvador,
Eliane Costa