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TSE suspende propaganda de Weslian Roriz com sermão de padre

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mandou suspender a propaganda da candidata ao governo do Distrito Federal, Weslian Roriz (PPS), exibida no programa eleitoral desta semana. O tribunal considerou a propaganda ofensiva à candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff. Weslian usou a mesma tática do tucano José Serra, empregando discurso religioso contra a petista.

A propaganda trazia trechos do sermão do padre José Augusto, que pediu para que os fiéis não votassem na candidata petista no segundo turno porque, em sua opinião, o partido apoia o aborto. Para a ministra do TSE, Nancy Andrighi, a propaganda “teria ultrapassado os limites da crítica política, ainda que feita de forma contundente, o que viabilizaria a concessão de direito de resposta”.

Ao recorrer ao TSE, a candidatura petista alegou que a opinião do sacerdote é feita sem nenhuma contextualização e integrou o horário eleitoral para “dentre outras afirmações falsas ofensivas, de cunho difamatório e calunioso, afirmar que o PT é a favor da interrupção de gestações indesejadas”.

A ministra do TSE acredita que no mérito a ação pode gerar direito de resposta, mas determinou apenas a suspensão da veiculação da propaganda, uma vez que julgou em caráter de urgência.

Além do direito de resposta, Dilma Rousseff pediu a suspensão de novas veiculações e a perda de tempo equivalente ao dobro do tempo equivalente ao trecho da propaganda de dois minutos e 48 segundos.

Para a deputada Iriny Lopes (PT-ES), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a decisão de suspender a propaganda é correta. “Colocar uma terceira pessoa pedindo para não votar na Dilma já é, por si só, um crime eleitoral. Além disso, não podemos pautar o debate sobre o futuro do Brasil em torno de uma única questão”, disse a parlamentar.

Ela considera o ataque “desnecessário e antipolítico” e insiste em destacar que a eleição não se pode pautar por questões desta natureza. “O futuro do Brasil não pode estar vinculado a esse debate. Interessa ao Brasil discutir seus investimentos, seu modelo de desenvolvimento”, destacou a presidente da Comissão de Direitos Humanos.

De Brasília
Com informações do TSE