Revista Carta Capital cita Agripino em escândalo no DF

Reportagem publicada na revista Carta Capital, que começou a circular nas bancas ontem, traçou uma relação do senador potiguar José Agripino Maia com o escândalo do pagamento de propinas no Governo do Distrito Federal. Segundo a reportagem, que teve como título “Pandora inesgotável”, José Agripino e o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, “eram beneficiários de um esquema de propinas montado na casa de Badra e, em seguida, organizava a distribuição do dinheiro”.

A reportagem relata que os dois senadores eram as pessoas para quem mais a secretária de Badra telefonava. As informações dos telefonemas foram obtidas através de um CD, apreendido durante a Operação Caixa de Pandora.

“De acordo com as informações da secretária, as propinas eram acomodadas em caixas de arquivos de papelão com montantes de 50 mil reais a serem distribuídos entre quadras de Brasília ou no estacionamento do restaurante Piantella, um dos mais tradicionais da capital federal, frequentado por políticos e jornalistas, de propriedade do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Lá, entre acepipes e vinhos caros, os interessados jantavam e decidiam como e quando seriam feitas as partilhas”, diz a matéria da revista Carta Capital.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE procurou o senador José Agripino Maia ele negou qualquer envolvimento com a empresa Qualix. “Isso é uma história fantasmagórica que vem há bastante tempo. Essa mulher (que teria feito ligações telefônicas para José Agripino) não é secretária coisa nenhuma, ela é empregada doméstica e eu nunca falei com ela”, disse o senador.

Ele disse que o vídeo gravado foi criado pela suposta secretária de Eduardo Badra e ressaltou: “é completamente improcedente. Ora imagine se eu um senador da República do DEM teria influência nessa questão do lixo do Distrito Federal”.

O senador classficou as denúncias como um misto de “chantagem com farsa e tudo misturado com o pior dos propósitos”.
 

Jornal Tribuna do Norte