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Vazamento de arquivos secretos sobre Iraque gera expectativa

Nos Estados Unidos e no exterior cresce a expectativa ante a possível divulgação, pela ONG Wikileaks, de mais de 400 mil documentos secretos sobre a Guerra do Iraque. A publicação desses dados deve ser o maior vazamento de informação sobre o tema desde julho passado. Por volta das 5h30 de hoje, contudo, a página da ONG indicava estar "sob manutenção" e que voltaria a funcionar "assim que possível".

A iminência da divulgação dos documentos já levou o Pentágono a organizar uma equipe de 120 peritos, com o objetivo de avaliar as potenciais implicações da revelação. Acredita-se que os documentos que serão revelados estejam relacionados com algumas das maiores operações militares norte-americanas no Iraque, bem como com a política de alianças locais estabelecidas pelos norte-americanos.

A previsão é de que os documentos venham a público até o fim deste mês, mas há indícios de que o vazamento poderia ocorrer ainda hoje. O coronel Dave Lapan, porta-voz do Pentágono, afirmou à agência Reuters que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos já está preparado caso os documentos sejam publicados hoje ou amanhã, possibilidade divulgada anteriormente em comunicados do WikiLeaks.

O jornal espanhol El País também fazia menção, em matéria desta segunda publicada no seu site, de que o WikiLeaks "pretende publicar nas próximas horas" o material.

Por causa das denúncias que tem feito, o site Wikileaks tem sido apelidado de a "garganta profunda da internet", em referência ao escândalo de espionagem denominado Watergate. A fuga de informações de inteligência causou mal-estar nos cículos governamentais e militares após a divulgação, no fim de julho, de cerca de 77 mil textos, cartas e outros documentos sobre o andamento da guerra no Afeganistão.

A ONG, qualificada como uma organização sem fins lucrativos fundada por ativistas de direitos humanos, jornalistas e público em geral, foi censurado por seu interesse de arejar "trapos sujos" das guerras dos Estados Unidos.

O secretário norte-americano de Defesa, Robert Gates, sustentou que os documentos não revelavam informação sensível, mas poderiam colocar em perigo os afegãos que ajudavam os Estados Unidos. A web tem a história e muitos recordam como alarmou o Pentágono com a difusão de um vídeo em se observava como o exército estadunidense matou um fotógrafo da Reuters.

Milhões de intenautas contemplaram então, pela primeira vez, um vídeo secreto do Pentágono, decodificado com a memsma tecnologia que usam nos serviços inteligência e difundido como nunca antes com a ajuda do You Tube, Facebook, Twitter e redes sociais.

Com agências