Manifesto da CMS em apoio a Dilma Rousseff
Aprovado o apoio da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) à candidata Dilma Rousseff em reunião realizada no dia 13 de outubro, as entidades deste fórum trataram de publicizar a sua posição no comício realizado com Dilma na Zona Leste de São Paulo no dia 15. Confira abaixo a íntegra do texto.
Publicado 21/10/2010 16:41
"Movimentos Sociais com Dilma Presidente para o Brasil seguir mudando
Os movimentos sociais sempre tiveram papel determinante na vida do país. Nossa história demonstra que no Brasil as conquistas democráticas são fruto da luta do povo organizado. Foi assim na abolição da escravatura, na derrubada da ditadura militar, na campanha das Diretas Já, nas mobilizações contras as privatizações e o desmonte do Estado durante os oito anos do desgoverno tucano de Fernando Henrique Cardoso, nas passeatas de agosto de 2006 que impediram o golpe que a direita conservadora tentou efetivar contra o presidente Lula. Em todos esses momentos, foi a nossa presença nas ruas que garantiu a vitória das forças democráticas e patrióticas.
Mais uma vez o povo brasileiro é convocado a se posicionar. As eleições presidenciais de 2010 representam uma encruzilhada histórica para a nação brasileira: ou seguiremos avançando na construção de um país socialmente mais justo e economicamente mais desenvolvido, com a eleição de Dilma presidente, ou retrocederemos ao período de trevas marcado pela criminalização dos movimentos sociais, pelo desemprego, desrespeito aos trabalhadores, sucateamento das escolas e universidades, privatizações e pela subserviência a multinacionais e países estrangeiros, como o defendido pelo candidato do consórcio demo-tucano José Serra.
A Coordenação dos Movimentos Sociais, criada em abril de 2003, é um espaço estratégico de convergência de forças populares e democráticas. Em processo que envolveu mais de 30 mil pessoas reunidas em plenárias estaduais, a CMS elaborou o seu Projeto Brasil, aprovado por unanimidade na Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais realizada no dia 31 de maio em São Paulo.
No Projeto Brasil, proposta programática que entregamos agora em mãos para nossa candidata à Presidência, afirmamos que:
'No Brasil muitos avanços foram conquistados pelo povo durante os sete anos do Governo Lula. O Estado foi fortalecido alcançando maior ritmo de desenvolvimento, a distribuição de renda e o progresso social avançaram com a valorização do salário mínimo, das políticas sociais e da integração solidária do continente. Porém, muito mais há para ser feito. Defendemos mudanças na política econômica, com redução dos juros e do elevado superávit primário para que o país transite para um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Sabemos que enquanto não resolvermos a grave desigualdade social motivada pela enorme concentração de renda e riquezas em nosso país não avançaremos na constituição de um Brasil democrático. Reivindicamos a realização de reformas estruturais que avancem e consolidem as conquistas desse último período. Lutamos pelas reformas política, tributária, urbana, agrária, da educação e dos meios de comunicação como forma de ampliar a participação do Estado na indução do desenvolvimento.'
Sabemos que a única candidatura capaz de levar as reivindicações expressas no Projeto Brasil a diante é a de Dilma Rousseff, companheira cuja trajetória pessoal a aproxima dos movimentos sociais. É uma mulher que teve a coragem de lutar pela democracia durante um dos períodos mais duros da história brasileira e que terá a ousadia de implementar a continuidade do projeto iniciado nos dois governos Lula, incorporando o necessário elemento do avanço.
Diante deste desafio, conclamamos o movimento social às ruas para construir uma expressiva vitória eleitoral capaz de garantir que o Brasil siga no rumo do desenvolvimento, aprofundando as mudanças. Esta é a nossa maior e mais preciosa arma para evitar o retrocesso e garantir a vitória dos interesses nacionais, democráticos e populares no próximo dia 31 de outubro.
A construção de um Brasil mais justo e soberano está, mais uma vez, nas nossas mãos. O Brasil precisa de Dilma para seguir mudando e os movimentos sociais estarão juntos nessa batalha para sairmos vitoriosos.
São Paulo, 15 de outubro de 2010"
Da redação, Luana Bonone