Reitoria UFRN: candidatas debatem temas importantes

A despeito das abordagens, cada qual tentava se destacar, seja pela experiência ou pela inovação. Enquanto a concorrente de situação, Ângela Maria, aposta no conhecimento administrativo e o pioneirismo em projetos da universidade para vencer as eleições. "Ter uma universidade mais justa com o conhecimento que já temos para melhorar as condições de ensino, melhorando o ensino em todo o Estado", argumentou.

Já sua opositora, Arlete Duarte, defendeu o fortalecimento das políticas de inclusão da universidade. Para ela, é preciso promover a qualificação dos alunos, bem como a melhoria na infra-estrutura dos laboratórios e das salas de aula. "A Universidade sendo uma instituição federal deve ter uma forte politica de inslusão e permanência. A nossa chapa tem um forte compromisso de permitir que as divergências aflorem, com democracia", declarou.

Representando a mudança na administração da UFRN, ela questionou a Ângela Maria, atual vice-reitora, se ela acha a gestão da universidade democrática. A vice-reitora respondeu que a gestão é democrática e “escolhida pelos pares”. Arlete contra-argumentou dizendo que a resposta da concorrente era contraditória, já que nas propostas de campanha, a candidata promete melhorar a comunicação com os servidores e ainda disse que era preciso “sentar a mesa” para negociar.

Durante a rodada de perguntas entre as próprias candidatas, intervenções da platéia aqueceram o debate e fomentaram respostas ferinas. Em seguida, foi a vez dos estudantes se manifestarem. O primeiro tema trazido à tona pelos universitários foi sobre as relações de trabalho dentro da instituição. Sobre o assunto, a atual vice-reitora, Ângela Maria, afirmou que fará cumprir as leis vigentes e vai atender aos pedidos necessários, estando atenta também a possíveis doenças dos servidores. Ela chamou atenção a um decreto estabelecido em 2007, que versa sobre a regulamentação da carga horária de trabalho.

Depois, foi a vez da candidata de oposição, Arlete Duarte, se pronunciar. Ela disse que as relações de trabalho têm que fazer parte de uma política em conjunto às melhorias para todos. Ela lembrou dos cuidados que devem ser dedicados aos funcionários plantonistas, como fornecer a eles o repouso necessário.

A segunda pergunta da plateia foi sobre a situação dos quatro hospitais pertencentes à UFRN. Arlete começou respondendo que o processo de escolha dos diretores deveria ser feito com a participação dos servidores através de voto, atendendo ao processo de redemocratização da universidade. Já Ângela falou da reestruturação do Hospital Universitário Onofre Lopes e disse que a escolha de diretores deve atender a todo um conjunto de fatores.

Por fim, eles trataram da questão das bolsas de iniciação científica. Quanto a isso, Ângela Maria discursou sobre os editais para Reuni e Pnas, que estão abertos. Os estudantes podem acessar o Sigaa, sistema integrado de gestão de atividades acadêmicas, para buscar informações sobre o assunto. Ela prometeu ainda avançar com o fornecimento de bolsas, de modo a propiciar uma graduação de sucesso aos alunos. A candidata falou também sobre a situação do Restaurante Universitário (RU), que se encontra fechado para reforma.

Após concluídos os serviços, Ângela pretende ampliar o número de bolsas alimentação distribuídas de 1.400 para 2.900 refeições diárias. Além disso, a vice-reitora demonstrou interesse em avançar na cessão de bolsas residência.

A candidata de oposição, Arlete Duarte, rebateu a adversária dizendo que a universidade deve ter uma política sólida de acolhimento ao aluno, aproximando os três pilares da instituição – pesquisa, extensão e a sala de aula. De acordo com ela, a UFRN precisa investir mais em seminários e eventos científicos, de modo a fortalecer esta aproximação. A candidata propôs, por fim, uma política diferenciada de atenção aos estudantes.