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Irã e P5+1 retomam diálogo sobre programa nuclear

O chefe do Conselho de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, confirmou nesta sexta-feira (29) que no próximo dia 10 de novembro serão retomadas as negociações com as potências capitalistas em torno do programa nuclear iraniano.

Em novembro, ainda sem definição de local, as autoridades do Irã e do chamado P5+1 — formado pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Alemanha. As conversas estão suspensas há um ano.

Jalili disse ter recebido uma correspondência da chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, informando sobre a disposição de retomar as negociações no dia 10 de novembro. Segundo ele, o local onde ocorrerá a reunião será definido por acordo entre o Irã e os integrantes do P5+1. As informações são da rede estatal iraniana de televisão, a PressTV, e da agência de notícias do governo, a Irna.

Antes da correspondência de Catherine Ashton, Jalili disse ter enviado carta à União Europeia (em 6 de julho de 2010) com as condições do governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Segundo ele, todos os negociadores devem se comprometer com as determinações do Tratado de Não Proliferação Nuclear e do direito à tecnologia pacífica.

O governo iraniano exige ainda esclarecimentos sobre o programa nuclear de Israel. Para Jalili, a política nuclear israelense não é clara nem segue as orientações da Organização das Nações Unidas (ONU).

Nas negociações com o P5+1, o Irã quer que a base das conversas seja o acordo nuclear, firmado em maio com o apoio do Brasil e da Turquia, definindo a troca de urânio enriquecido a 3,5% pelo produto enriquecido a 20%. Na ocasião, os países envolvidos nas discussões afirmaram que havia a necessidade de retomar alguns aspectos do texto.

Desde 9 de junho de 2010, o Irã está submetido a sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e unilateralmente por alguns países. As restrições afetam, sobretudo, o comércio e as relações econômicas do Irã com a comunidade internacional. As medidas foram definidas porque os Estados Unidos lideram campanha internacional contra o programa nuclear iraniano. As autoridades iranianas negam as insinuações e afirmam que o programa nuclear do país tem fins exclusivamente pacíficos.