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Rejeição sul-coreana a diálogo é alvo de críticas da RPDC

O governo da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) fez críticas nesta sexta-feira (29) à recusa da administração sul-coreana de realizar um diálogo entre militares dos dois países, afirmando que a decisão expressa ignorância e é um ato traidor que prejudica o povo coreano.

A crítica foi transmitida por um porta-voz militar, citado pela agência norte-coreana KCNA. A proposta da Coreia Democrática pretendia discutir a execução de um acordo militar bilateral.

Em relação à resposta sul-coreana, o porta-voz lamentou que a Coreia do Sul tenha preferido falar de "medidas responsáveis" em relação ao misterioso naufrágio da fragata de guerra sul-coreana, Cheonan, atribuída por Estados Unidos e Coreia à RPDC.

"Se olharmos à história das relações intercoreanas, é muito difícil encontrar um caso em que uma parte recusou a proposta de diálogo da outra, inclusive quando estas estiveram em um ponto baixo, acrescentou, ao insistir em que a negativa ao diálogo significa procurar o confronto e a guerra", informou a KCNA.

Os vínculos entre as duas partes da Coreia deterioraram-se seriamente depois do naufrágio. As autoridades norte-coreanas desmente as acusações e solicitaram enviar especialistas próprios para investigar os fatos no lugar. Como era de se esperar, a solicitação foi negada.

Nas últimas semanas se registraram sinais de distensão, depois que os comitês da Cruz Vermelha de ambas as partes da Península realizaram reuniões para coordenar um encontro de familiares separados pela guerra (1950-1953).

Os encontros estão previstos para ocorrer a partir de sábado (30) e até a próxima sexta-feira. Por iniciativa de Pyongyang no último dia 18 de outubro, também foi restabelecida a linha telefônica direta entre os principais aeroportos coreanos.

Da redação, com Prensa Latina