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Fundador do Wikileaks divulgará novos documentos secretos

Semanas após divulgar 400 mil documentos relacionados à Guerra do Iraque, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, anunciou nesta quinta-feira (04/11) que sua organização revelará em breve novos arquivos secretos que envolvem os Estados Unidos e outros países.

"Desde abril só publicamos documentos relacionados aos EUA – sobre a guerra no Afeganistão e no Iraque – e isso se deve ao fato de estarmos publicando por ordem de importância, porque temos recursos limitados", justificou Assange em entrevista coletiva em Genebra.

"Mas seguiremos publicando ao longo do ano milhares de documentos relacionados com muitos países, incluído os EUA", afirmou o fundador da Wikileaks, que denunciou ameaças e ataques a sua organização nos últimos meses.

Assange, que está em Genebra para falar sobre os abusos cometidos no Iraque pelos EUA, denunciou a recusa dos EUA de investigar os casos de torturas e abusos cometidos por suas forças no Iraque e Afeganistão e contidos nos documentos revelados pelo site.

Críticas

"Os norte-americanos não abriram nem sequer uma investigação sobre os casos denunciados, ao contrário de outros países, como o Reino Unido e Dinamarca, que anunciaram investigações" de alguns casos que os envolvem, lamentou Assange.

"Por outro lado, Washington realiza uma investigação agressiva em nossa organização, com ameaças públicas, e o pedido, que não aceitamos para destruirmos todos os documentos que temos", assinalou.

Para o fundador do site Wikileaks, que está permanentemente acompanhado por dois guarda-costas, "este tipo de comportamento não é aceitável para a comunidade internacional".

"Não é do interesse dos EUA investigarem o assunto. Se querem ser vistos como um país crível e respeitoso das leis e dos direitos humanos devem investigar as possíveis violações", afirmou.

Ao longo deste ano, Wikileaks revelou, em abril, 90 mil documentos secretos sobre a atuação dos EUA na guerra do Afeganistão, e em outubro outros 400 mil sobre a Guerra do Iraque nos quais denuncia a morte de mais de 100 mil iraquianos desde 2003.

Fonte: Opera Mundi