Zé Dirceu: O Metrô de SP e a sabotagem que só os tucanos viram

Se lembram daquele acidente no metrô dia 21 de setembro pp. que deixou 300 mil passageiros sem condução por mais de 3h? Lembram-se das pessoas abrindo portas dos trens na marra, milhares andando sobre trilhos até chegar às estações mais próximas e encontrar multidões também desesperadas pelo medo e falta de trens?

A perícia do Instituto de Criminalística acaba de concluir que foi falha técnica mesmo, não foi problema causado por uma blusa enganchada numa porta de vagão coisa nenhuma, como disseram no dia o então candidato tucano a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) e seu sucessor no Estado, governador Alberto Goldman (PSDB).

Muito menos sabotagem eleitoral, como insinuaram na hora, José Serra, o governador Goldman e a tucanada. Aliás a história – hilariante, se não fosse trágica – de sabotagem eleitoral foi levantada primeiro pela coordenadora de internet da campanha presidencial tucana, a ex-vereadora Soninha Francine (PPS) – PPS, mas tucana convertida de quatro costados.

Sabotagem é dos tucanos contra a população

As pessoas ainda viviam uma manhã de tumulto e desespero e lá estava Soninha, em seu twitter afirmando: "Metrô de SPaulo tem problemas na proporção direta da proximidade com a eleição. Coincidência?" Como se vê, Soninha – aliás, comprovado tecnicamente agora – não foi coincidência coisa nenhuma.

Como denuncia há anos o Sindicato dos Metroviários foi "sabotagem" sim contra a população, da parte dos governos tucanos que há 16 anos – vão completar 20, com a eleição de Geraldo Alckmin para voltar ao governo – administram o Estado e não destinam verba suficiente para manutenção do metrô e nem para a sua expansão, apesar dele há anos já estar saturado.

Coincidência, se há nessa história governadores Serra, Goldman, Alckmin e vereadora Soninha é que a média de problemas e paralisações na capital paulista de trens e metrôs – todos os srs. estão carecas de saber disso – é de uma pane a cada 3,6 dias. Até aquele dia 21, tinha ocorrido nada menos que 12 paralisações no sistema de metrô e trens metropolitanos de subúrbio nos dois meses anteriores.

É o jeito tucano de governar e de tratar os mais de 3 milhões de trabalhadores, usuários diários do sistema de metrô e trens metropolitanos de subúrbio na Capital paulista e Grande São Paulo.