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Vermelho entre finalistas do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos

A edição 2010 do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos já tem finalistas. Os integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Anamatra selecionaram nesta quinta-feira (4) os trabalhos recebidos nas categorias Instituição, Judiciário Cidadão e Imprensa (TV, rádio e internet e impresso). O Vermelho está entre os finalistas com a série especial sobre trabalho escravo.

Vermelho entre finalistas do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos

Os trabalhos finalistas serão escolhidos pelos membros do Conselho de Representantes da Associação, na reunião desta quinta-feira (11), quando serão conhecidos os primeiros colocados.

Os vencedores receberão a estatueta, inspirada no "Cilindro de Ciro", e prêmio em dinheiro no valor líquido de R$8 mil. A premiação acontecerá no dia 8 de dezembro, em Brasília.

O Vermelho publicou, em maio deste ano, uma série de matérias para denunciar a situação dos trabalhadores brasileiros que ainda hoje estão submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão. As entrevistas, dados de pesquisas e resultados dos trabalhos de fiscalização do Ministério do Trabalho divulgadas na série especial dão conta de que ações públicas no Brasil para combater o trabalho escravo ainda são insuficientes, as punições são leves e a Justiça morosa e complacente, ou mesmo cúmplice com os criminosos, geralmente muito bem situados na pirâmide social, o que torna comum a reincidência.

Mesmo quando resgatados pelo poder público, o trabalhador “sem qualificação nem escolaridade” tende a se submeter à mesma situação, é o que o leitor e a leitora do Vermelho tomaram conhecimento a partir do conjunto de matérias que compôs a reportagem especial sobre trabalho escravo no Brasil, destacou o jornalista Umberto Martins, responsável pela edição da série.

Outros finalistas

Na categoria Instituição, estão concorrendo como finalistas o projeto Inclusão da pessoa com deficiência mental no mercado de trabalho: viabilizando acesso e demonstrando potencialidades, da presidente da Apae, Ligia Beatriz Hoss; o Programa Diversidade na Empresa, do Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro e o Projeto Caminhando no combate ao trabalho infantil, da Fundação Centro Unificado de Capacitação e Arte (Fundação Cuca).

Na categoria Judiciário Cidadão, concorrem os projetos Curso Direitos Humanos e Mediação de Conflitos, de Rosely Belo Ribeiro Vieira; Cordel do Trabalho, de José Vieira Neto; e Oficina do Direito, de Felipe Hotz de Macedo Cunha.

Concorrem na categoria Imprensa, subcategoria TV, a Série Juventude Vendida, da TV Correio (afiliada da Rede Record na Paraíba); a matéria Trabalho como matriz de direitos, da TV Verdes Mares (afiliada da TV Globo no Ceará); e a matéria Do trabalho para escola: um caminho possível em direção aos direitos humanos, também da TV Verdes Mares.

Na subcategoria Internet e Rádio, concorrem como finalista junto com o Portal Vermelho a matéria Trabalho em Dia, do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região e a matéria: Esquema abastece mercado ilegal de ambulantes, da Rádio Gazeta AM

Para o prêmio na subcategoria Impresso (Jornal de Revista) são finalistas as matérias Genocídio e Resistência dos Índios do Brasil e Agronegócio escraviza milhares de trabalhadores no campo – capital paulista abriga escravidão, ambas da Revista Caros Amigos; e a matéria Banido há dois anos, amianto continua em uso em São Paulo, do Jornal Valor Econômico

Menção honrosa

A Comissão de Direitos Humanos da Anamatra decidiu conferir menção honrosa ao trabalho Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque, da categoria Judiciário Cidadão. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social gerido pela Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC).

Idealizado pelo juiz João José Rocha Targino, o programa, em funcionamento há quatro anos, visa a inclusão social de crianças carentes através da música. A comunidade escolhida é o Coque, um dos bairros mais violentos e de menor Índice de Desenvolvimento Humano de Recife.

Atualmente, a Orquestra atende gratuitamente 130 jovens, entre 5 e 17 anos. Os alunos recebem aulas de instrumentos de corda, percussão, teoria musical, flauta doce e canto coral.

De Brasília
Márcia Xavier