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Brasil acolhe refugiados de 76 nacionalidades

O ministro da Justiça Luiz Paulo Barreto afirmou, durante coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (11), no Ministério da Justiça, que o Brasil acolhe refugiados de 76 nacionalidades diferentes. De acordo com o ministro, esse número revela o caráter acolhedor dos brasileiros que convivem pacificamente com diferenças culturais.

"Todos aqueles que aqui chegam — sejam palestinos, judeus, muçulmanos — todos têm a liberdade de continuar a exercer seus cultos religiosos sem medo de serem perseguidos", destacou.

Durante todo o dia, o Ministério da Justiça será o palco de discussões sobre proteção de refugiados, apátridas e movimentos migratórios mistos nas Américas. A discussão ocorre dentro da Reunião Internacional sobre Proteção de Refugiados, Apátridas e Movimentos Migratórios Mistos nas Américas que reúne representantes de 20 países.

Para o ministro, o encontro é um momento de lembrar aos países da região o compromisso fixado em 2004, no México, de oferecerem um sistema efetivo de recepção e proteção aos refugiados.

Nesta reunião internacional, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Uruguai, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, México, Panamá, Peru, República Dominicana, Nicarágua, Paraguai, Venezuela e Brasil vão assinar a ‘Declaração de Brasília’, firmando compromissos a cerca da proteção internacional na região.

O Brasil acolhe atualmente 4.311 refugiados, dos quais 3.908 são reconhecidos por vias tradicionais de elegibilidade, ou seja, solicitam refúgio ao chegar ao país. Outros 399 são reconhecidos pelo Programa de Reassentamento, isto é, já eram refugiados em outro país e por continuarem em situação vulnerável foram acolhidos pelo Brasil. O diretor da Divisão de Proteção Internacional do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Volker Türk, destacou o relevante papel que o Brasil exerce no programa. "O número [de reassentados] não é tão grande, mas o impacto político é enorme", declarou.

O ministro, por sua atuação em prol dos refugiados, será homenageado pelo ACNUR durante o encontro. No encerramento, haverá o lançamento do livro ‘Refúgio no Brasil – A Solidariedade Brasileira e seu Impacto Regional nas Américas’, organizado pelo ministro Luiz Paulo Barreto.

Clique aqui para ler a Declaração de Brasília.

Fonte: Ministério da Justiça