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Seminário discute educação feminista para transformação social

Desafios da educação feminista para a transformação social. Essa é a principal questão discutida no "Seminário Nacional Experiências e Inspirações: os desafios da educação feminista para transformação de um mundo tão desigual", que acontece essa semana em Recife (PE). Carmen Silva, coordenadora do SOS Corpo, promotora do evento, diz que a ideia é reunir feministas de diferentes organizações e movimentos sociais para discutir o "fazer pedagógico" que fortalece as lutas das mulheres.

Segundo a coordenadora, a educação feminista é aquela voltada para a "emancipação das mulheres enquanto sujeitos políticos". Ela é vista tanto na educação formal, com discussões sobre sexualidade e políticas para mulheres, por exemplo, quanto nas formações políticas de gênero, voltadas para homens e mulheres com a perspectiva de alterar as relações de gênero.

Para esse seminário, Carmen afirma que a educação feminista abordada é a educação promovida pelos movimentos de mulheres e que tem a intenção de fortalecer as organizações feministas. "É a reflexão do fazer pedagógico que constrói os movimentos e fortalece as lutas", destaca.

Para a coordenadora do SOS Corpo, aos poucos, já se pode observar alguns avanços na educação feminista no Brasil. "A educação feminista começa a penetrar na escola pública, com educação não-sexista e não-discriminatória", afirma, acrescentando outros avanços nessa área, como a discussão nas políticas de formação de movimentos sociais e a produção de conhecimento e de materiais pedagógicos pelos movimentos de mulheres.

Na opinião dela, o movimento feminista ainda possui muitos desafios, como o de superar o contexto de desigualdade de gênero, raça e classe; avançar na construção da relação das organizações feministas com outros movimentos sociais – principalmente através da ação educativa; continuar as lutas em defesa de Políticas Públicas para mulheres e de maior representação nos espaços de poder; fortalecer o movimento feminista como movimento social e lutar pela igualdade nas relações de trabalho.

O evento conta com a participação de 50 feministas das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil que durante três dias debatem a temática em palestras, grupos de trabalho, oficinas e plenária. Na plenária final, que acontece neste sábado (13), serão discutidos os encaminhamentos, mas Carmem Silva lembra que cada representante poderá sair de lá com o que achar mais interessante e adequado para a organização da qual faz parte.

Com informações da SOS Corpo