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Grã-Bretanha indenizará presos torturados em Guantânamo

O governo britânico decidiu indenizar ex-detentos da prisão norte-americana de Guantánamo, em uma forma de "compensar" torturas sofridas durante o tempo em que foram mantidos na base, mantida pelos Estados Unidos em território cubano.

A informação, levantada pela rede britânica BBC, diz que cerca de uma dúzia de ex-presos serão beneficiados com o acordo extrajudicial. Todos entraram com ações na Suprema Corte britânica contra o governo, a quem acusam de cumplicidade em casos de tortura.

Bisher al-Rawi, Jamil el Banna, Richard Belmar, Omar Deghayes, Binyam Mohamed e Martin Mubanga são alguns dos beneficiados. Segundo a rede de televisão ITN, um dos ex-prisioneiros receberá mais de um milhão de libras (1,6 milhão de dólares).

De acordo com a BBC, o gabinete do primeiro-ministro britânico, David Cameron, informou que o governo deve se manifestar sobre o assunto nesta terça-feira (16/11), possivelmente por meio do ministro da Justiça, Ken Clarke.

Documentos

Após uma longa batalha judicial, a justiça britânica ordenou em julho a publicação de documentos relativos ao tratamento infligido ao etíope Binyam Mohamed, detido em Guantánamo por mais de quatro anos antes de ser transferido em fevereiro de 2009 para o Reino Unido, onde agora tem o status de residente.

O Foreign Office havia conseguido impedir a publicação dos documentos, entregues peloo serviço secreto norte-americano (CIA), invocando a "segurança nacional" e a necessidade de preservar a confidencialidade das informações trocadas entre Londres e Washington.

"O primeiro-ministro afirmou claramente em seu pronunciamento na Câmara (dos Comuns) em 6 de julho que nós precisamos lidar com a situação totalmente insatisfatória na qual, 'pelos últimos anos, a reputação de nossos serviços de segurança foram eclipsados por alegações sobre seu envolvimento no tratamento de detentos mantidos por outros países'", disse o gabinete de Cameron.

Com Opera Mundi