Empresas não se interessam por empreendimento da Arena das Dunas
As empresas aptas a participar da licitação para construção do Arena das Dunas faltaram à reunião onde seria anunciado os nomes das escolhidas nesta quarta-feira (24).
Publicado 25/11/2010 09:44 | Editado 04/03/2020 17:08
“É uma surpresa desagradável”, comentou o titular da pasta extraordinária para Assuntos da Copa (Secopa), Fernando Fernandes. “Temos cinco empresas que depositaram fiança bancária de 1% do valor da obra (o equivalente a mais de R$ 4 milhões e 200 mil) e que agora resolvem não aparecer”.
O processo de licitação estava marcada para as 10h de hoje e a comissão protelou o horário em 15 minutos para que as empresas se apresentassem. Diante da falta de empresas presentes na licitação, a comissão decretou insucesso do processo.
No cronograma do Comitê da Copa hoje seria o dia de abertura dos envelopes para apresentação das empresas. Agora, Fernando Fernandes anunciou que irá iniciar as conversas com o Tribunal de Contas, Governo do Estado e Prefeitura de Natal para saber quais as possibilidades de lançamento de nova licitação.
"Não sei como vai ficar a situação juridicamente e do ponto de vista de cronogramas da obra. Eu ainda não pensei num plano B", desecreveu com um ar de dúvida sobre a realização da Copa.
Das 27 empresas que compraram o edital, cinco consórcios, formados por empreiteiras e administradores de arenas esportivas, foram tidos como aptos para tomar a frente das obras – Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, OAS, Odebref e Construcap. Depois do anúncio de hoje, de acordo com o edital, as obras deveriam ser iniciadas em 45 dias.
Diante deste novo cenário, no entanto, as autoridades admitem não saber o que fazer. Agora não há mais data para derrubada do complexo Machadão/Machadinho e sequer cronograma de obras.
A "corrida contra o tempo" dos organizadores da Copa em Natal deve ser iniciada ainda hoje com reuniões em carater de urgência e articulação com a FIFA.
Mesmo com a falta de interesse das empresas, Fernando Fernandes disse que a situação de Natal como sede da Copa do Mundo não é a única com problemas, já que quatro cidades sedes ainda estão indefinidas em relação a empresa que irá construir e gerir os projetos.