Empresas não se interessam por empreendimento da Arena das Dunas

As empresas aptas a participar da licitação para construção do Arena das Dunas faltaram à reunião onde seria anunciado os nomes das escolhidas nesta quarta-feira (24).

Diante da situação, o processo foi julgado "deserto" pelo presidente da Comissão de Licitação, Marcelo Lucas da Silva. Isto indica que não há interesse das empresas em participar do processo.

“É uma surpresa desagradável”, comentou o titular da pasta extraordinária para Assuntos da Copa (Secopa), Fernando Fernandes. “Temos cinco empresas que depositaram fiança bancária de 1% do valor da obra (o equivalente a mais de R$ 4 milhões e 200 mil) e que agora resolvem não aparecer”.

O processo de licitação estava marcada para as 10h de hoje e a comissão protelou o horário em 15 minutos para que as empresas se apresentassem. Diante da falta de empresas presentes na licitação, a comissão decretou insucesso do processo.

No cronograma do Comitê da Copa hoje seria o dia de abertura dos envelopes para apresentação das empresas. Agora, Fernando Fernandes anunciou que irá iniciar as conversas com o Tribunal de Contas, Governo do Estado e Prefeitura de Natal para saber quais as possibilidades de lançamento de nova licitação.

"Não sei como vai ficar a situação juridicamente e do ponto de vista de cronogramas da obra. Eu ainda não pensei num plano B", desecreveu com um ar de dúvida sobre a realização da Copa.

Das 27 empresas que compraram o edital, cinco consórcios, formados por empreiteiras e administradores de arenas esportivas, foram tidos como aptos para tomar a frente das obras – Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, OAS, Odebref e Construcap. Depois do anúncio de hoje, de acordo com o edital, as obras deveriam ser iniciadas em 45 dias.

Diante deste novo cenário, no entanto, as autoridades admitem não saber o que fazer. Agora não há mais data para derrubada do complexo Machadão/Machadinho e sequer cronograma de obras.

A "corrida contra o tempo" dos organizadores da Copa em Natal deve ser iniciada ainda hoje com reuniões em carater de urgência e articulação com a FIFA.

Mesmo com a falta de interesse das empresas, Fernando Fernandes disse que a situação de Natal como sede da Copa do Mundo não é a única com problemas, já que quatro cidades sedes ainda estão indefinidas em relação a empresa que irá construir e gerir os projetos.
 

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