Sindicatos questionam contrato com cooperativa

A decisão da Petrobrás de Mossoró de contratar a COOMAP – uma Cooperativa da Bahia para prestar serviços na área de transportes está preocupando os sindicatos de Petroleiros e de Motoristas. As entidades já deram entrada em uma ação civil pública junto ao Ministério Público do Trabalho – MPT para impedir que a intenção se concretize.

Publicado 25/11/2010 10:38 | Editado 04/03/2020 17:08

Para o diretor do Sindicato dos Motoristas, Francisco de Assis, a operação é obscura. “O contrato vai permitir que a cooperativa baiana recrute motoristas em Mossoró para atuar prestando serviços à Petrobrás, mas eles não informam números, não esclarecem como vai funcionar”. De fato, confirmando a desconfiança de Francisco de Assis, cerca de 90% dos trabalhadores que participaram de uma reunião no início deste mês rejeitaram as condições de trabalho apresentadas. “Os que aceitaram”, declarou Assis, “foi para não ficarem desempregados”.

Para o diretor do Sindicato dos Petroleiros, Pedro Idalino, o histórico de contratação de cooperativas para prestação de serviços, pelo menos no âmbito da Petrobrás, em Mossoró, não tem sido positivo. Ele lembra que houve casos em que, ao término dos contratos, os trabalhadores ficaram abandonados. Idalino cita, inclusive, a existência de jurisprudência recomendando que cooperativas não devam prestar serviços à União, e que órgãos como o MPT e o TCU são contrários a esse tipo de contrato.

Sindipetro/RN