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União Europeia aprova pacote de R$ 196 bilhões para a Irlanda

A União Europeia aprovou neste domingo (28) um pacote para a Irlanda no valor de 85 bilhões de euros (cerca de R$ 196 bilhões), além de estender o fundo para resgatar países endividados do bloco após 2013.

Com o aporte financeiro, a União Europeia espera reduzir o risco de contágio da crise irlandesa para outros países do bloco, especialmente Portugal e Espanha, alvos de incertezas dos investidores nas últimas semanas em razão de seus déficit e dívidas elevados.

Do valor total do pacote, 17,5 bilhões de euros devem provir de um fundo de pensão irlandês. O FMI (Fundo Monetário Internacional) participará com 22,5 bilhões de euros.
A Irlanda pagará pelos empréstimos 5,8% de juros, segundo o premiê do país, Brian Cowen. A taxa é superior aos 5,2% acertados com a Grécia, primeiro país da União Europeia a receber pacote, no início do ano.

O governo da Irlanda anunciou em 24 de novembro um pacote de austeridade para os próximos quatro anos. A ideia é convencer o mundo de que irá mesmo atacar seu deficit público — que deve fechar em 9,3% do PIB neste ano — e honrar as dívidas.

O pacote é também uma exigência do FMI e da União Europeia para conceder um empréstimo de até 90 bilhões (cerca de R$ 232 bilhões) para o país organizar seu caixa.
Para o povo irlandês, serão quatro anos difíceis. O governo vai cortar 24.750 pessoas do serviço público (7% do total), reduzir o salário mínimo e aumentar a idade mínima para a aposentadoria.

Além disso, vai aumentar o imposto sobre o consumo, criar um novo sobre os imóveis e cobrar Imposto de Renda de mais pessoas. Também haverá cortes de benefícios e de gastos com saúde e educação.

A quebra da Irlanda é mais um grave sintoma da crise econômica e financeira do sistema capitalista. As medidas anunciadas destinam-se a ajudar o capital financeiro e cobram alto preço aos trabalhadores. Trata-se da receita surrada de atirar sobre os ombros dos trabalhadores os efeitos da crise e assegurar superlucros para a grande burguesia monopolista e financeira.

Com agências