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Referendo sobre paz com Israel seria honrado, diz Hamas

O Movimento de Resistência Islâmico (Hamas), que defende a libertação da Palestina, honraria o resultado de um referendo na Palestina em relação a um futuro tratado com Israel, segundo afirmou nesta quarta-feira (1º/12) um dos líderes do movimento.

Ismail Haniyeh, ex-premiê palestino eleito em janeiro de 2007, disse em uma coletiva na Faixa de Gaza, região palestina cercada pelas forças de ocupação israelenses, que aceita um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.

Haniyeh também falou que o acordo que o Hamas honraria deveria conter também a libertação de prisioneiros palestinos e a resolução do problema da diáspora palestina.

"Aceitamos um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como sua capital, a libertação de prisioneiros palestinos e a resolução da questão dos refugiados", disse Haniyeh, em alusão à Guerra dos Seis Dias, em que Israel anexou grande parte do território palestino, além da parte árabe de Jerusalém, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

"O Hamas respeitará os resultados (de um referendo), independentemente de eles diferirem de sua ideologia e seus princípios", disse Haniyeh, desde que o dito referendo abrangesse todos os palestinos da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e da diáspora.

Redigida em 1988, a carta do Hamas considera como Palestina, o território onde hoje está instalado o Estado de Israel. Há alguns meses, a ideia de um referendo sobre um futuro acordo de paz com Israel foi rejeitada, por não conter aspectos decisivos para o Hamas.

Haniyeh afirmou também que Israel não quer propiciar aos palestinos um Estado plenamente soberano e que, por essa razão, ele não tem esperança de que o processo de diálogo direto entre as duas partes seja reiniciado.

Ele disse que seu movimento está disposto a cooperar com países ocidentais e europeus "que queiram ajudar o povo palestino a recuperar seus direitos".

"Exortamos os chanceleres europeus a rever sua posição relativa às reuniões com o governo eleito", disse Haniyeh, acrescentando que contatos sobre isso estão sendo feitos com representantes das Nações Unidas na Faixa de Gaza.

Da redação, com agências