Crime de tortura é debatido em Natal
Especialistas em perícia criminal de várias partes do País participaram da “Oficina Forense com foco em Crime de Tortura”. O evento que teve início na quarta-feira (01) foi encerrado na sexta (03), na sede da OAB, no Centro. Além de peritos participaram juristas, representantes do Ministério Público, policiais civis e federais. O objetivo foi o debate sobre a perícia forense no crime de tortura.
Publicado 06/12/2010 10:14 | Editado 04/03/2020 17:08
Ana Paula afirmou que a sociedade ainda concorda com a tortura. “Não é raro ouvir que “bandido bom é bandido morto”. Existem os grupos torturais. O estuprador, o homem que mata a companheira. A sociedade aceita a tortura nestes casos”. Porém, Ana Paula diz que a tortura não ajuda na solução de casos. “Um estuprador pode até ser torturado pelo ente público, mas isso não significa que o crime será esclarecido”.
Para o coordenador dos Direitos Humanos Marcos Dionísio, as informações trazidas pelos peritos de outros estados da federação capacitam os membros da sociedade que participam da oficina. “Estamos reunidos com um grupo seleto de policiais civis e federais, além de peritos do Itep, do Conselho Regional de Serviço Social e de Psicologia”.
Questionado sobre o número de registros de tortura no RN, Dionísio disse que é difícil obter os dados. “Temos dificuldades em conseguir os números referentes aos homicídios, imagine de tortura?”.
Marcos Dionísio explicou que por meio da corregedoria da Secretaria de Segurança e da coordenadoria dos direitos humanos é possível chegar até alguns casos. “O mais recente foi de um homem que decapitou a mulher e depois foi morto dentro da unidade prisional”.