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População defende investigação de violência contra mulher

A maior parte da população acha que investigação criminal em casos de violência contra a mulher deve seguir mesmo sem representação da vítima. Esse é o resultado do Sistema de Indicador de Percepção Social (SIPS) sobre igualdade de gênero que será lançado nesta terça-feira (7) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília. O Sistema mostra como a população avalia os serviços públicos em áreas específicas e qual é o grau de importância deles para a sociedade.

Sobre igualdade de gênero, o resultado mostra que mais de 90% dos entrevistados acham que, no caso de agressão contra a mulher, a investigação deve prosseguir, mesmo que ela retire a representação contra o ofendido. Além de dados sobre a percepção da população sobre a violência contra a mulher, o indicador mostra como são avaliados creches e transporte escolar, visto que ainda são as mulheres as principais responsáveis pelo trabalho de cuidado com os filhos.

O novo sistema de indicadores vai permitir ao setor público estruturar as suas ações para uma atuação mais efetiva, de acordo com as demandas da população brasileira. As primeiras edições foram sobre justiça e cultura. Ainda serão lançadas avaliações sobre bancos; mobilidade urbana; saúde; educação e qualificação para o trabalho.

Para a elaboração do novo indicador, foram ouvidos 2.770 brasileiros em todos os estados do Brasil. A técnica usada é a de amostragem por cotas, que garante representatividade e operacionalidade e mantém a variabilidade da amostra igual à da população nos quesitos escolhidos. A margem máxima de erro por região é de 5% e o grau de confiança é de 95%.

Com informações do Ipea