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Copom mantém Selic em 10,75% na última reunião do governo Lula

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa de juros básica Selic em 10,75% ao ano, sem viés. A decisão foi unânime. No comunicado que acompanhou a decisão, o grupo admite que o cenário para a inflação teve piora desde a reunião anterior, mas diz que vai esperar para ver o resultado das recentes medidas que devem encarecer o crédito – como o aumento dos depósitos compulsórios – antes de alterar a política de juros.

Desta forma, o Copom repete a decisão das reuniões de 1º de setembro e 20 de outubro, quando também manteve a taxa nos 10,75%.

Antes disso, a Selic havia passado por três altas consecutivas. A primeira alta, de 0,75 ponto, ocorreu na reunião de 28 de abril. Em 9 de junho, o percentual foi elevado em mais 0,75 ponto, para 10,25%. No encontro de 21 de julho, a taxa subiu 0,5 ponto, para 10,75% ao ano.

A justificativa do comitê para a decisão anunciada hoje foi a seguinte:

"Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 10,75% ao ano, sem viés.

Diante de um cenário prospectivo menos favorável do que o observado na última reunião, mas tendo em vista que, devido às condições de crédito e liquidez, o Banco Central introduziu recentemente medidas macroprudenciais, prevaleceu o entendimento entre os membros do Comitê de que será necessário tempo adicional para melhor aferir os efeitos dessas iniciativas sobre as condições monetárias. Nesse sentido, o Comitê entendeu não ser oportuno reavaliar a estratégia de política monetária nesta reunião e irá acompanhar atentamente a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária."
 

Este foi o último encontro do colegiado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e com Henrique Meirelles no comando do Banco Central.

A próxima reunião do Copom ocorre nos dias 18 e 19 de janeiro, já no governo de Dilma Rousseff, com Alexandre Tombini na presidência do BC.

Fonte: Valor