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EUA: O tempo está correndo contra Obama 

Hoje o tempo está correndo contra o presidente Barack Obama e sua agenda de governo nos Estados Unidos. Na medida em que persiste a recusa dos Democratas na Câmara dos Deputados e no Senado em aceitar o compromisso fiscal negociado com a oposição pelo governante, ampliam-se as diferenças. 

A situação é crítica, pois os dias de vida que restam ao Congresso são limitados, apenas uma semana, e não é mais uma queda de braço entre Democratas e Republicanos; entre os próprios Democratas e seu presidente há discordância para alcançar um avanço na agenda de governo.

Os legisladores, liderados pelo deputado Democrata Peter Welch, manifestaram nesta quinta-feira (9) a sua oposição ao atendimento de exigências republicanas para estender reduções fiscais aprovadas durante o governo George W. Bush para milionários e multimilionários.

O ocupante da Casa Branca continua a defender o acordo alcançado com a oposição após semanas de negociações, e alega que um fracasso traria conseqüências negativas sobre os salários e a atividade econômica nos Estados Unidos.

Na sua opinião, as famílias de classe média "vão começar 2011 sabendo que eles têm mais dinheiro para pagar suas contas a cada mês, além de dinheiro para pagar a escola e mais dinheiro para criar os seus filhos".

Mas os legisladores estão relutantes em aceitar isso e pedem que o acordo alcançado na segunda-feira não seja tão favorável para os republicanos.

Correndo contra o tempo

Isso faz com que o tempo se vire contra Obama. Em janeiro, os republicanos serão a maioria na Câmara e aumentarão a sua presença no Senado por causa de sua vitória em novembro passado, tornando as negociações mais difíceis, caso os dois partidos não consigam encontrar um ponto de contato para fazer avançar a agenda presidencial.

Se não houver acordo não é apenas os impostos de todos os americanos aumentarão em 01 de janeiro, avaliam analistas políticos.

Além disso, dificilmente se aprovará uma iniciativa para incentivar a imigração para os estudantes e jovens filhos de imigrantes clandestinos, e o mesmo destino ameaça o plano de desarmamento nuclear com a Rússia, conhecido como Start por sua sigla em Inglês, dois temas considerados prioritários por Obama.

Fonte: Prensa Latina
Tradução: Luana Bonone