Afonso "Camelô" é encontrado morto a tiros na sede do sindicato

O presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, Afonso José da Silva, 40, morreu na tarde desta quarta-feira após ser baleado. As causas são investigadas.

Afonso Camelô

O crime ocorreu na sede do sindicato, na rua Brigadeiro Machado, região do Brás (centro). Silva chegou a ser levado para o hospital do Tatuapé, onde deu entrada às 17h10, mas não resistiu aos ferimentos, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

Teriam sido disparados dois tiros. De acordo com informações da Polícia Militar, uma pessoa acionou o telefone de emergência –o 190– informando que havia uma pessoa baleada na sede do sindicato. Esta pessoa informou que poderia ter ocorrido um roubo, e que a vítima ainda respirava. A polícia, no entanto, ainda vai apurar as circunstâncias dos tiros.

O sindicalista ficou conhecido em 1999, quando denunciou a Máfia dos Fiscais da prefeitura. No mesmo ano, foi vítima de um atentado –levou quatro tiros, em seu apartamento. Depois do atentado teve início uma "guerra" por poder e espaço entre os camelôs: ocorreram homicídios, ameaças e acusações.

Em 2006, Silva ficou mais de seis meses preso, respondendo pelos crimes de formação de quadrilha, extorsão, resistência à prisão, desacato, dano ao patrimônio público e ameaça –esta última a única acusação que lhe rendeu condenação, de seis meses. Na ocasião, ele foi preso em Vitória da Conquista (BA), dias depois de um tumulto generalizado entre policiais e camelôs do Brás.

Em 2008, o sindicato denunciou que havia um esquema de extorsão de camelôs em duas subprefeituras: Mooca, que levou 11 pessoas à prisão, e São Miguel Paulista, na zona leste.

Da redação, com informações de agências