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Gbagbo resiste a pressões e impasse prossegue na Costa do Marfim

Líderes de quatro países africanos fizeram na última segunda-feira (3) mais uma tentativa para convencer Laurent Gbagbo a deixar o cargo pacificamente ou enfrentar possível remoção pela força.

Mas mesmo antes de as delegações chegarem a Abidjan, um porta-voz de Gbagbo disse que não concordaria em ceder o poder a seu rival, Alassane Ouattara, que permanece num hotel sob a proteção de tropas das Nações Unidas.

A ONU, a União Europeia, os Estados Unidos e a França firmaram a posição de que Gbagbo deve deixar o cargo.

Nesta segunda-feira, três presidentes da África Ocidental – Boni Yayi do Benin, Ernest Bai Koroma de Serra Leoa e Pedro Pires de Cabo Verde – e o primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, na qualidade de enviado especial da União Africana tentaram encontrar uma saída para evitar que o país mergulhe em mais uma guerra civil. Os líderes reuniram-se no palácio presidencial com um sorridente Gbagbo por cerca de duas horas antes de ir para uma reunião com o Sr. Ouattara, relatou o sítio da internet Jeune Afrique.

Os líderes africanos propuseram um acordo de anistia para Gbagbo se ele concordar em deixar o poder. Não foram divulgados ainda os resultados finais das conversações.

No entanto, sabe-se que Gbagbo mantém-se resistente à pressão e tudo indica que a missão liderada pelo primeiro-ministro queniano não alcançou êxito.

Segundo as Nações Unidas, pelo menos 173 pessoas morreram em decorrência de confrontos entre os partidários de Gbagbo e Ouattara após as eleições no início de dezembro.

Por não ceder às pressões internacionais, o governo de Gbagbo já está sofrendo sanções econômicas e financeiras e encontra-se sob ameaça de intervenção militar.

"Nós não vamos desistir", disse Gbagbo em um discurso de fim de ano na última sexta-feira (31). "Nossa maior obrigação é defender o nosso país dos ataques de estrangeiros."

Com agências