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Aumenta impasse na Costa do Marfim; risco de intervenção militar

Numa clara manifestação de intervencionismo na crise da Costado Marfim, os Estados Unidos anunciaram na terça-feira (4) que rejeitam um poder compartilhado para solucionar a crise no país africano. Philip Crowley, porta-voz da diplomacia americana, reiterou a posição doa EUA: o presidente Laurent Gbagbo, deve deixar o cargo.

"Nenhuma solução deve considerar um acordo de partilha do poder", declarou Crowley a um grupo de jornalistas.

Os resultados das eleições de 28 de novembro "são claros: para o futuro da democracia na Costa do Marfim e no Oeste de África (Laurent Gbagbo) deve abandonar o poder", concluiu o porta-voz do departamento de Estado.

Os Estados Unidos, a França "e outros países" se ofereceram para receber Gbagbo, afirmou uma fonte americana.

Mas Crowley faz uma ressalva: "Quanto mais isso durar e mais longa for sua responsabilidade nas violências, mais difícil será considerar sua vinda aos Estados Unidos”.

O primeiro-ministro queniano Raila Odinga, mediador da União Africana na crise marfinense, já havia advertido Laurent Gbagbo de que uma "solução queniana" de partilha do poder entre rivais políticos não era possível na Costa do Marfim.

No término das eleições presidenciais de 28 de novembro, Alassane Ouattara foi reconhecido como vencedor pela Comissão Eleitoral Independente, mas o Conselho Constitucional atribuiu a vitória a Laurent Gbagbo, que se encontra sob ameaças de uma operação militar, atualmente em preparação, da Comunidade Econômica dos Estados da África do Oeste (Cedeao), caso se recuse a partir do país. Na tarde da terça-feira, o presidente francês Nicolas Sarkozy negou que seu país esteja cogitando intervir militarmente na Costa do Marfim.

Com agências