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União Africana envia missão para tentar acordo na Costa do Marfim

Odinga, viajou neste domingo à Nigéria, para em seguida partir como enviado da União Africana (UA) à Costa do Marfim onde há um mês desenvolve-se um conflito pelo poder entre dois líderes que se proclamam presidentes.

"Tentarei conseguir um acordo pacífico para a crise pós-eleitoral que ameaça mergulhar o país numa nova guerra civil como a que ocorreu entre 2002 e 2007", declarou Odinga.

O primeiro-ministro conversou neste domingo em Abuya com o presidente nigeriano e atual titular da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), Goodluck Jonathan.

As intenções manifestadas por Odinga, porém, não são nada pacíficas e os métodos preconizados sugerem que longe de resolver, a missão da UA pode até mesmo agravar os problemas: "Gbagbo tem que ser forçado a sair, inclusive se isto implicar o uso da força militar. O mundo tem que estar preparado para mobilizar-se para preservar a democracia", expressou Odinga quando teve início o conflito na Costa do Marfim depois do segundo turno eleitoral em 28 de novembro passado.

O presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, e seus colegas de Serra Leoa, Ernest Koroma, e de Benin, Boni Yayi, chegam nesta segunda-feira à Costa do Marfim para tentar persuadir Laurent Gbabgo a ceder o poder a Alassane Ouattara.

Gbagbo considerou em seu discurso de Ano Novo um "intento de golpe de Estado com a chancela da comunidade internacional" a pressão exercida sobre ele para que deixe de ser presidente.

A Cedeao, a ONU, a UA, a União Europeia e os governos da França e dos Estados, que têm interesses imperialistas na África, reconhecem Ouattara como presidente da Costa do Marfim que, segundo a Comissão Eleitoral Independente, venceu as eleições, numa visão diametralmente oposta à do Conselho Constitucional, que reconheceu Gbagbo como vencedor.

Ouattara permanece em seu gabinete no Hotel Golf de Abiyán, onde 800 capacetes azuis da Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (Onuci, na sigla em inglês) cuidam da sua segurança.

Ouattara conta também com o apoio da milícia denominada Novas Forças dirigida por seu primeiro-ministro, Guillaume Soro,até um mês atrás aliado de Gbagbo.

Desde abril de 2004 até hoje, a Onuci deslocou para esse país da África ocidental mais de 9 mil capacetes azuis, apoiados por 900 soldados da força francesa Licorne. Laurent Gbagbo exige a retirada da missão militar da ONU da Costa do Marfim.

Com informações da agência Prensa Latina