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Estados Unidos já mataram mais de 2 mil pessoas no Paquistão

Pelo menos 2.043 pessoas, a maioria civis, morreram desde 2004 no Paquistão, como resultado dos bombardeios de aviões não tripulados dos Estados Unidos, segundo um informe divulgado nesta terça-feira (4) na capital Islamabad.

O texto elaborado pelo Centro de Monitoração de Conflitos (CMC) confirmou que o ano passado foi o mais letal desde que os aparatos operados pela CIA começaram a atacar as zonas tribais do noroeste paquistanês há seis anos.

Em 2010, os chamados drones estadunidenses realizaram 134 incursões no Paquistão, com saldo de 929 moertos, assegura o informe citado nesta terça pela rede privada de televisão Geo TV. Os 96 ataques contabilizados pelo CMC entre 2004 e 2009 mataram outras 1.114 pessoas.

A área tribal do Waziristão do Norte foi alvo de 115 bombardeios no ano passado, enquanto a vizinha Wazirisão do Sul foi atacada nove vezes.Os Estados Unidos justificam estes bombardeios com o pretexto de que nessa região fronteiriça com o Afeganistão se escondem membros do movimento de resistência afegão e da rede Al Qaeda que fazem guerra contra as tropas estrangeiras de ocupação desde 2001.

O informe do CMC alerta, entretanto, que nas zonas tribais paquistanesas é frequente que os civis portem armas, pelo que poderiam ser confundidos con insurgentes.Depois de pôr em dúvida que a CIA comprove os informes de inteligência com outras fontes disponíveis, o texto adverte também que nessas regiões é normal que sejam levantados falsos testemunhos contra seus inemigos pessoais.

Embora o governo paquistanês tenha expressado publicamente que rechaça as incursões aéreas estadunidenses, analistas locais afirmam que existe certa conivência entre as autoridades de ambos os países para a realização dos ataques.Segundo um dos telegramas secretos divulgados pelo portal WikiLeaks, o primeiro ministro Yousuf Raza Gilani deu pessoalmente seu consentimento para o uso dos drones estadunidenses dentro do território nacional.

Fonte: Prensa Latina