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Estados Unidos defendem mais sanções sobre a Costa do Marfim

A embaixadora dos EUA perante a ONU, Susan Rice, pediu nesta quinta-feira (6) que o organismo internacional endureça o regime de sanções sobre a Costa do Marfim, perante a recusa de Laurent Gbagbo de entregar o poder a Alassane Ouattara.

Susan lembrou que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) impuseram medidas nos últimos dias, como o congelamento de bens de Gbagbo e seus colaboradores mais próximos.
"No caso da ONU, existe um regime de sanções sobre a Costa do Marfim e enquanto a situação seguir paralisada, acho que temos a obrigação de revisar e decidir se devem ser aumentados e reforçados", disse a embaixadora americana na saída de uma reunião do Conselho de Segurança.

Nessa mesma linha, assinalou que não há nenhum prazo para considerar este assunto, mas ressaltou: "é hora de começarmos a discutir seriamente".

A embaixadora também se mostrou partidária de conceder à missão de paz da ONU na Costa do Marfim (Unoci) "o necessário para ser eficaz e efetiva", mas não quis dizer se apoia o pedido do departamento de Operações de Paz do organismo de enviar até dois mil soldados adicionais ao país africano.

Em Washington, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou nesta quinta-feira o congelamento dos bens de Gbagbo, de sua esposa, Simone Gbagbo, e de seus assessores e membros mais próximos: Desire Tagro, Pascal Affi N''Guessan e Alcide Djedje.

O prolongamento da crise na Costa do Marfim aumentou as preocupações dos responsáveis das Nações Unidas, que temem um reatamento da guerra civil que abalou o país entre 2002 e 2007, e o dividiu em dois.

Além disso, acusam os partidários de Gbagbo de estar por trás de uma campanha para instigar a violência contra os cerca de dez mil soldados e policiais desdobrados pela Nações Unidas em todo o país.

Gbagbo exigiu reiteradamente a retirada das tropas da ONU e dos soldados franceses que as apoiam, que entre outras tarefas se encarregam de garantir a segurança de Ouattara.

Gbagbo e Ouattara se autoproclamam, cada um com sua versão e seus dados, vencedores nas eleições presidenciais.

As propostas do imperialismo norte-americano e as suas reiteradas ameaças indicam que há um interesse em aproveitar a crise interna na Costa do Marfim em favor da concretização de planos de intervenção na África Ocidental.

Com agências