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Candidato nacionalista recebe apoio da esquerda no Peru

O candidato presidencial nacionalista Ollanta Humala continuou hoje sua campanha, depois de receber o apoio de organizações da esquerda histórica e comprometer-se a fazer um governo popular.

Humala percorreu um bairro popular de Lima e inicia nesta segunda-feira (10) um giro pelo sul do país, território em que tem importante respaldo e está empenhado em superar a vantagem que segundo as pesquisas têm sobre ele três candidatos neoliberais.

Paralelamente, o postulante do Grande Acordo Nacionalista prossegue uma política de acumulação de forças políticas e sociais na qual oficializou um entendimento com a esquerda histórica.

O Partido Comunista Peruano, o Partido Socialista e o Partido Socialista Revolucionário, assim como os grupos Voz Socialista e Lima Para Todos entregaram a Humala um manifesto, como integrantes do bloco Unidad das Esquerdas, formado também por dirigentes sociais, intelectuais e outras personalidades.

O documento consigna a aspiração de "construir una pátria livre e socialista no longo prazo" e revela a firme decisão de apoiar Humala mediante um Acordo Político e de Governo que contribua para garantir a mudança de rumo do Peru e fixa a meta de conquistar a vitória eleitoral nas eleições de 2011 e instaurar um governo democrático e patriótico.

Diante do continuismo neoliberal disfarçado em supostas opções diferentes, chama as forças progressistas, democráticas e patrióticas, o movimento popular organizado, as forças regionais, os povos originários e a militância da esquerda socialista a redobrar esforços para conquistar a vitória nas eleições de 10 de abril.

Nesse encontro Humala relatou seu plano de governo com mudanças que questionam o modelo neoliberal mediante medidas como a recuperação da soberania peruana sobre os recursos naturais, um maior papel do Estado na economia e uma maior presença na integração latino-americana.

Prometeu governar com as ruas e com os povoados e confirmou suas propostas contra a corrupção que incluem a proibição de que os ex-presidentes deixem o país nos cinco anos seguintes a seus mandatos.

Ele prometeu lutar em defesa dos recursos naturais do país, por uma política de desenvolvimento geradora de empregos, de defesa da indústria nacional e em oposição a que o grande capital imponha suas regras.

Fonte: Prensa Latina