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Mantega anuncia salário mínimo de R$ 545 e desagrada às centrais

O novo valor do salário mínimo será de R$ 545. Foi o que declarou, nesta sexta-feira (14), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois de participar da primeira reunião ministerial do governo da presidenta Dilma Rousseff.

Inicialmente, estava previsto que o mínimo seria de R$ 540. Essa proposta chegou a ser aprovada no Orçamento da União deste ano. O governo fez a mudança porque o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou 2010 maior que o previsto.

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A fórmula de reajuste do mínimo, acertada com as centrais sindicais, estabelece a reposição pelo INPC do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Só que, em 2009, a economia brasileira encolheu.

Segundo Mantega, o novo valor ficaria em R$ 543, mas o governo arredondou para R$ 545 para facilitar o saque nos caixas eletrônicos. O novo mínimo valerá a partir de fevereiro, mas só será pago em março.

O ministro anunciou ainda que, nos próximos dias, o governo enviará ao Congresso uma medida provisória para transformar em lei a fórmula de reajuste do salário minimo acertada com as centrais sindicais. Essa política vai vigorar nos próximos quatro anos.

O reajuste ligeiramente superior à proposta inicial continua a desagradar às centrais sindicais. Com o objetivo de pressionar o governo e mobilizar a população pelo salário mínimo de R$ 580, as seis centrais – CTB, CUT, Força, UGT, Nova Central e CGTB –agendaram manifestação para terça-feira (18), em diversas capitais brasileiras.

A estratégia do movimento vai desde a mobilização de rua até reunião com a Dilma para cobrar dela o reajuste de 13,7%. Na opinião do presidente da CTB, Wagner Gomes, é hora de o governo atender às reivindicações dos trabalhadores, já que para amenizar os efeitos da crise foram tomadas várias medidas em favor do capital.

Da Redação, com agências