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Paulinho da Força: não abrimos mão do salário mínimo de R$ 580

A luta das centrais sindicais por um salário mínimo de R$ 580 interessa a todos os trabalhadores brasileiros porque tem o objetivo de incrementar a economia, aumentando o consumo interno, a produção, as vendas do comércio e o emprego.

Por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força

Por isso, esta demanda tem um caráter social da maior importância. Joga um papel importante para a distribuição da renda e para a erradicação da miséria.

Entendemos que o abandono da política de recuperação do poder de compra do mínimo, resultado de um acordo entre as centrais sindicais e o então presidente Lula em 2006, é um retrocesso.

A valorização do salário mínimo, que teve ganho real de 54,3%, levou 47 milhões de trabalhadores, aposentados e idosos a aumentar o consumo, reduzindo o forte impacto da crise financeira internacional sobre o país.

Diante disso, o movimento sindical não vai abrir mão do valor acertado entre as seis centrais sindicais. Vamos marcar uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff para discutir a nossa proposta e reivindicar também o repasse de 80% do índice a ser concedido ao salário mínimo e a correção da tabela do IR, com base na inflação do ano passado.

Estamos empenhados em manter o diálogo com o governo federal, porém manteremos a pressão para alcançarmos os nossos pleitos. Se não houver acordo, poderemos apresentar minhas duas emendas — uma propondo o mínimo de R$ 580 e a outra sugerindo aumento de 10% para as pessoas que ganham acima do piso.

Além disso, manifestações de rua já estão marcadas para a capital de São Paulo e outras vão ser realizadas em grandes cidades do Brasil.

* Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, é presidente da Força Sindical e deputado federal (PDT-SP)