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Debilidade financeira mantém alerta na Europa

A debilidade das finanças europeias constitui hoje uma das principais dificuldades do Velho Continente, sobretudo em meio da crise da dívida. Nesse sentido, a volatilidade do euro frente
ao dólar, aspecto que alguns prefeririam esquecer, ainda inquieta os mercados.

Por Masiel Fernández Bolaños

Sobre o tema analistas opinam que a chamada moeda comum poderia seguir despencando, diante da crescente pressão sobre Portugal para que peça socorro financeiro.

A situação dos bancos é outro motivo de insônia para muitos na Europa, principalmente pela diminuição dos preços das ações e, em alguns casos, pelo aumento do custo de financiamento.

Por isso, especialistas explicam que como essas entidades financeiras possuem grandes quantidades de dívida de governos da União Europeia (UE), são considerados um ponto vulnerável ao contágio.

Depois do resgate da Irlanda em novembro alguns analistas veem outra grande preocupação na dificuldade dos países para se financiar.

A esse respeito, a equipe de analistas do J.P. Morgan Chase ressaltou recentemente que os bancos europeus encontram maiores entraves para atrair investidores para sua dívida não garantida.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, insistiu na importância de alcançar uma política orçamentária, de acordo com seus critérios, sadia para consolidar a economia mundial.

Realçou a urgência de elevar o controle sobre as finanças, diante dos elevados déficites de vários países da Eurozona.

Assinalou que embora nos últimos meses os bancos tenham ampliado a concessão de crédito ao setor privado, és necessário aumentar a disponibilidade do mesmo em meio do aumento da demanda.

O BCE precisou que em alguns países da zona da moeda comum a preocupação em torno de posições fiscais insustentáveis e a vulnerabilidade frente às flutuações dos mercados, continua muito alta.

Nesse sentido, reiterou a necessidade de trabalhar no saneamento das finanças públicas para reduzir os riscos e estimular o crescimento sustentado.

Opinou que os membros da Eurozona devem estabelecer estratégias de consolidação com credibilidade, para o que estimou imprescindível efetuar uma reestruturação adequada do setor bancário.

Entretanto, as constantes críticas aos governos, pela lentidão com que atuaram diante dos elevados déficites, respalda os prognósticos pouco alentadores que questionam a suficiência das gestões da UE para evitar o contágio aos outros membros do grupo.

Fonte: Prensa Latina