BA: Wagner anuncia mais secretários
O secretariado do segundo Governo Wagner está praticamente completo após o anúncio, na noite de terça-feira (25/1), de mais seis nomes para o primeiro escalão. Os secretários da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, e da Agricultura, Eduardo Salles, mantiveram-se no cargo.
Publicado 26/01/2011 17:59 | Editado 04/03/2020 16:19
Enquanto o PDT reclama mais espaço na gestão, o PP, do vice Otto Alencar, viu crescer sua “fatia no bolo” com o retorno de Wilson Brito, interino na pasta de Infraestrutura e agora na secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional; e a nomeação de Carlos Costa na Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária. O partido ainda conta com o próprio Otto, definido na Infraestrutura, apesar de na cota pessoal de Jaques Wagner (PT); além de Salles na Agricultura.
Completando a lista, estão o promotor Almiro Sena, do PRB, na Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos; e o deputado estadual Carlos Brasileiro – na cota do PT, juntamente com James Correia – na Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza. As pastas de Promoção da Igualdade Racial, Relações Institucionais e de Tecnologia, Ciência e Inovação – esta última, prometida ao PDT – ainda estão em aberto.
“Os seis secretários estão dentro do previsto no acerto com os partidos aos quais eles pertencem. O que está fora da expectativa inicial é a dificuldade que governador tem tido para fechar toda a equipe”, afirmou o presidente estadual do PCdoB, Daniel Almeida. Para o deputado federal, a equipe tem um perfil mais técnico e identificado com a gestão. “Penso também que ficou muito fortalecida a presença do próprio Wagner no comando da equipe, e um menor grau de influencia dos partidos; o que me parece natural, quando se trata de um segundo governo”, observa.
A respeito da participação do PCdoB, que teve seus dois secretários mantidos – Nilton Vasconcelos no Trabalho e Esporte, e Ney Campello na Secretaria da Copa -, Almeida garante estar satisfeito com o que foi tratado até o momento, mas admite que há, sim, expectativas para os cargos do segundo escalão. “O PCdoB não considera definido todo o espaço que o partido pleiteia, e acha que tem direito, na composição do governo. Ainda não temos conversas definidas; queremos apenas adiantar a pretensão de ampliação da presença do partido, quando formos convidados a discutir o segundo escalão”, pontuou.
A expectativa é que a discussão ocorra dentro dos próximos dias, assim que encerrada a montagem do secretariado. O entrave maior é mesmo quanto à cota do PDT, insatisfeito com a manutenção de apenas uma pasta no primeiro escalão do Governo. O presidente nacional do partido, entretanto, amenizou a situação ao afirmar que cargo é apenas um detalhe. “O Jaques é nosso amigo e o PDT é um partido que quer contribuir e tem adesão ideológica. O que queremos é que a Bahia possa avançar no combate às desigualdades e no avanço na geração de emprego e renda; e o governo Wagner tem feito isso. Cargo é só um detalhe diante da grandeza do povo baiano”, garantiu o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Uma reunião realizada hoje (26), em Brasília, entre Lupi e integrantes da executiva estadual do partido, deve dar um ponto final às discussões.
De Salvador,
Camila Jasmin