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Britânicos protestam contra governo conservador

Estudantes, professores e sindicalistas britânicos protestaram no último sábado em grandes manifestações contra a política de cortes orçamentários implantada pelo governo do primeiro-ministro conservador, David Cameron, cujos efeitos atingem universitários e jovens desempregados.

Filiados do Sindicato Nacional de Professores e da União Nacional dos Estudantes saíram às ruas no sábado (29) em Londres para manifestar o descontentamento com os cortes do gasto público e sua repercussão para a juventude.

Em Manchester se uniram alunos, educadores e representantes de outros sindicatos para condenar o ministério da coalizão conservadora-liberal que defendeu diante do Parlamento em outubro último o plano de austeridade fiscal para solucionar o problema da dívida e do déficit públicos.

As universidades reprovaram a decisão do governo de aumentar o valor da matrícula nas instituições de ensino superior e cortar as verbas destinadas a projetos de pesquisa.
 
A secretária-geral da União da Universidade, Sally Hunt, acusou o Executivo britânico de dar prioridade a benefícios fiscais para as empresas, enquanto cerceia o financiamento a estudantes universitários e a ajuda aos desempregados. O governo está traindo toda uma geração, afirmou.

O dirigente da central de trabalhadores Trade Union Congress (TUC) Kay Carberry afirmou que os jovens não devem pagar o preço da aposta insensata do governo para solucionar os problemas econômicos.

Os organizadores do protesto, com a ajuda dos principais sindicatos, convocaram através da rede social Twitter umas 30 passeatas em todo o país contra os cortes orçamentários e outros benefícios sociais no Reino Unido.

O secretário-general do TUC, Brendan Barber, disse que os trabalhadores estão enfrentando uma espécie de "coquetel explosivo" pela perda de empregos e os ataques a aposentadorias e pensões, o que pode provocar greves maciças e conflitos.

Prensa Latina