Produtos indígenas à venda no Feirão da Sepror

A partir deste sábado o público conta com mais opções de compras no Feirão da Sepror, no Parque de Exposição Eurípedes Ferreira Lins – o Parque da Expoagro, situado na Torquato Tapajós. Indígenas da etnia Apurinã, moradores da Comunidade Tauamirim (em Tapauá) estão expondo produtos como copaíba, andiroba, garrafadas e pomada de banha de poraquê – usada pelos indígenas no tratamento do reumatismo.

Feirão da Sepror - Divulgação Sepror

Também é possível encontrar outros medicamentos tradicionais dos indígenas como leite de sucuba indicado no tratamento de gastrite e de câncer e o tradicional mel de abelha. As compras podem ser feitas das 08h às 21h, às sextas, sábados e domingos.

A matéria-prima desses produtos é extraída de 500 árvores oriundas de uma área de mais ou menos 1km de área. A manipulação dos produtos é feita pelos indígenas há bastante tempo. Os produtos eram vendidos apenas na comunidade, normalmente para atravessadores que pagavam R$ 7,00 em produtos que no mercado custam R$ 25,00. A oportunidade oferecida pela Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) acaba com a exploração do conhecimento tradicional dos povos Apurinãs.

Consumidores lotam feirão nos finais de semana
O Feirão da Sepror foi criado dia 1º de maio de 2009 pelo Secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, em sua primeira gestão à frente da Sepror. O objetivo era utilizar um espaço ocioso que só era usado um período do ano durante a Expoagro. A iniciativa deu certo e hoje passam pelo Feirão uma média de cinco a seis mil pessoas por dia de feira, o que resulta em uma média de R$ 80.000,00 em vendas por fim de semana. Ao mês os números sobem para cerca de R$ 260.000,00

De acordo com o Coordenador do Feirão da Sepror, Ribamar Matos, nos três dias de feirão são vendidas uma média de 100 a 130 toneladas de produtos. Levantamento feito pela coordenação da feira revela que em 20 meses de atividades já foram gerados mais de R$ 3 milhões em vendas. Na avaliação do coordenador o sucesso da feira é resultado de um trabalho de valorização do produtor. "As pessoas vêm na feira atraídas pelo baixo preço, pela qualidade do produto e porque sabem que aqui o produtor é valorizado. Ele mesmo dá preço ao seu produto e esse preço é justo tanto pra ele quanto para o consumidor final. Com isso, todos ganham", conclui o coordenador do Feirão da Sepror, Ribamar Matos.

De Manaus,
Odinéia Araújo.