Crise política na prefeitura estará em debate na Câmara de SSA
A Câmara de Vereadores de Salvador retoma o trabalho nesta terça-feira (1º/2) e terá como primeira pauta de discussão a crise política e administrativa em que está envolto o governo do prefeito João Henrique Carneiro (sem partido). Desde o ano passado, o chefe do Executivo Municipal vem perdendo aliados e hoje vive a possibilidade real de ficar inelegível por oito anos, caso os vereadores aprovem o relatório do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que reprovou suas contas por unanimidade.
Publicado 31/01/2011 21:50 | Editado 04/03/2020 16:19
Firme na oposição ao governo João Henrique, a bancada do PCdoB – composta pelas vereadoras Aladilce Souza e Olívia Santana – manterá o compromisso de trabalhar em defesa dos interesses da cidade. “Nosso compromisso é com a população de Salvador. Não com um prefeito que mergulhou a cidade em uma crise sem precedentes. Por isso, vamos lutar para que a Câmara Municipal possa continuar autônoma e independente, mantendo como prioridade a representação do povo e a fiscalização do Executivo”, ressaltou a líder da bancada do PCdoB, Aladilce Souza.
Para a vereadora, Salvador precisa de um novo projeto político, que resgate a beleza e a vocação econômica e turística da cidade. “O PCdoB tem desempenhado um papel importante para tornar esta cidade mais humana. Vamos apresentar o nosso projeto para fortalecer suas bases políticas e econômicas, além de lutar para resolver os grandes problemas da cidade. Nosso povo merece isso. Salvador é viável e tem grandes belezas e potencialidades. É preciso apenas uma chance para ela se refazer como cidade bonita que é”, enfatizou Aladilce.
A vereadora Aladilce se refere à crise política enfrentada pelo prefeito João Henrique Carneiro. Em dezembro, o alcaide teve as contas de 2009 rejeitadas por unanimidade pelo TCM e luta agora para evitar que o parecer do TCM seja acatado pela Câmara de vereadores, o que o tornaria inelegível por oito anos. Ao mesmo tempo, JH se desentendeu com o PMDB, que suspendeu a filiação do prefeito e indicou que sua bancada de vereadores passe a atuar na oposição ao chefe do Executivo Municipal. Soma-se a isso, a crise financeira enfrentada pela cidade e falta de planejamento, que vem levando ao atraso nos salários e demissão de milhares de terceirizados que prestavam serviços à prefeitura. O resultado é a paralisação de diversos serviços públicos e uma crise administrativa e política sem precedentes na capital baiana.
De Salvador,
Eliane Costa