Falta de planejamento da prefeitura prejudica turismo em Salvador
Apesar de injetar cerca de R$ 1 bilhão na economia de Salvador até o carnaval, o turismo parece não ser uma prioridade para o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB). Isto pode ser observado com uma simples visita aos principais pontos turísticos da cidade. Um excelente exemplo é o Elevador Lacerda, um dos cartões postais mais conhecidos da capital baiana, que tem apenas duas cabines funcionando em plena alta temporada de férias. As outras duas estão quebradas desde dezembro de 2010.
Publicado 31/01/2011 17:06 | Editado 04/03/2020 16:19
Além de ser um patrimônio cultural e histórico de valor incalculável, o Elevador Lacerda é também o principal meio de ligação entre a cidade baixa – onde fica o Comércio e o Mercado Modelo- e a cidade alta, local do Centro Histórico de Salvador – onde fica o Pelourinho com seus casarões e igrejas seculares. O problema é que as duas cabines que estão funcionando não dão conta sequer das necessidades do povo de Salvador, muito menos do grande número de turistas que circulam na cidade nesta época.
Para tentar remediar a situação, a Prefeitura disponibiliza ônibus gratuitos para fazer a ligação entre o Comércio e a Praça Municipal. Apesar de serem gratuitos, os veículos não resolvem completamente a questão, já que o trajeto demora dez vezes mais que o tempo de subida pelo elevador. Tem ainda o inconveniente de tirar principalmente do turista a experiência de andar no centenário meio de transporte. Quem mora ou já visitou Salvador sabe disso.
Mas, apesar disso, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Salvador divulgou uma nota comemorando a aprovação do micro ônibus para fazer o trajeto. “Certamente as pessoas entrevistadas estavam cansadas de esperar nas filas quilométricas e ficaram felizes em ter uma alternativa. Não há outra explicação”, afirma o secretário de Comunicação do PCdoB em Salvador, Emanoel Souza.
O que ninguém conseguiu entender ainda é porque a Prefeitura não providenciou a manutenção do Elevador antes do início da alta estação de festas na cidade. Mas, graças à falta de planejamento dos gestores municipais, turistas e baianos vão continuar enfrentando longas filas, pelo menos até 20 de fevereiro, data anunciada para que o equipamento volte a funcionar. Isto é jogar contra os interesses da cidade.
De Salvador,
Eliane Costa