Qual o dirigente que queremos para o Sistema Confea-Crea
Iniciamos 2011 com uma nova perspectiva para o Brasil e, sobretudo, para o Rio Grande do Norte. Por Gutemberg Dias*
Publicado 31/01/2011 09:49 | Editado 04/03/2020 17:07
O sistema Confea-Crea terá uma grande importância nesse novo contexto sócio-econômico em que se pautará o crescimento do Brasil e dos seus estados federados. A grande demanda por obras de infraestrutura e por desenvolvimento de novas tecnologias colocará as profissões que fazem o Sistema no cerne do desenvolvimento nacional.
Diante dessas novas perspectivas, sejam nacionais ou estaduais, o sistema Confea-Crea irá iniciar a mudança do seu comando, nesse ano de 2011, a partir da eleição do presidente do Confea e dos presidentes dos regionais, bem como, na renovação dos conselheiros federais e regionais. Essa renovação diretiva precisa ser muito bem acompanhada por todos os profissionais que compõem o Sistema, pois é imprescindível que os novos dirigentes do Sistema Confea-Crea estejam conectados com os avanços que o Brasil teve nos últimos anos.
Aqui em nosso estado não será diferente, o Crea precisará ter sua própria identidade na sociedade e terá que fazer parte do crescimento que o estado está propenso a ter nos próximos anos. Não podemos mais ter um Crea onde os profissionais o tratam apenas como um mero cartório, será preciso mostrar à sociedade e, sobretudo, aos profissionais, realmente o papel preponderante desse Conselho no desenvolvimento do nosso estado.
Muitos nomes começam a circular nos bastidores para ocupar a presidência do nosso regional. Muitos são lideranças conhecidas e que, ainda, não se conectaram com o novo cenário em que vivemos, ou seja, de certa forma, representam o passado e as formas ultrapassadas de gerenciamento do Sistema.
Precisamos eleger, nas próximas eleições, um presidente que possa caminhar para o futuro levando o Crea-RN a uma efetiva descentralização de suas atividades a partir do fortalecimento político das Câmaras Especializadas, das Inspetorias e das Entidades de Classe, culminando com a criação do fórum das Coordenadorias de Câmaras Especializadas, do Colégio Estadual de Inspetores e do Colégio Estadual de Entidades, mecanismos esses já instalados em outros regionais e com grandes resultados para o gerenciamento do Sistema.
Além do fortalecimento político das instâncias que fazem o Regional é importante olhar para dentro de nossa instituição e melhorar as condições de trabalho dos nossos colaboradores. Um Crea sem um bom corpo de colaboradores motivados e treinados será sempre um “cartório” e nunca o ponto de apoio aos profissionais da área tecnológica. É preciso dialogar com o corpo funcional do Sistema, entender os gargalos e buscar junto a eles as principais soluções.
Outro ponto importantíssimo é o contato com os profissionais que compõem o Sistema e a sociedade. O Crea precisa chegar, com maior envergadura, no seio da sociedade, mostrando sua força e o papel preponderante que ele tem no resguardo dos interesses sociais.
Temos que ter um presidente que fale a todos na terceira pessoa do plural. Não queremos que o Crea tenha dono, mas que a coletividade das entidades que o faz administre-o. O que realmente queremos é um Crea plural e combativo, capaz de representar os interesses das profissões que controla e, sobretudo, os interesse da sociedade.
Esse é um desafio de todos nós que acreditamos nesse imenso Sistema e, principalmente, no Crea-RN.
Rumo ao futuro com um Crea plural e de todos!
e Conselheiro Regional do Crea-RN.