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Nomeado por Alckmin, Ortiz é condenado por improbidade

Nesta terça-feira (2) o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu por unanimidade condenar José Bernardo Ortiz, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação pela contratação de servidores públicos sem concurso quando era prefeito de Taubaté em 2004. A sentença – que consiste no pagamento de multa equivalente a quatro vezes a remuneração que recebia como prefeito – partiu de recurso do Ministério Público acolhido parcialmente pelos desembargadores da 2ª Câmara de Direito Público.

Segundo os magistrados, Ortiz foi responsável por "atos de improbidade que atentam contra os princípios da administração pública". A sanção determinada pela justiça tem por base o artigo 12 da Lei 8429/92, de Improbidade Administrativa.

"Não se concebe que o administrador público simule circunstâncias ou deixe de adotar as medidas necessárias a fim de caracterizar uma necessidade temporária de excepcional interesse público. É notório que tal comportamento não revela apenas falta de habilidade administrativa, mas sim uma verdadeira desonestidade administrativa", acusou o promotor do Ministério Público. "Mediante fraudes no processo de seleção, o apelado admitia quem bem quisesse, lançando mão da coisa pública para atender os seus interesses pessoais”.

Existem dez ações contra Ortiz; em três, foi absolvido, mas o Ministério Público recorreu ao TJ, resultando na atual condenação. Apesar da ficha do ex-prefeito, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o nomeou para presidir a Fundação para o Desenvolvimento da Educação, cuja função é, conforme coloca se estatuto, “desenvolver metodologia em educação, capacitar profissionais, produzir, adquirir e distribuir material instrucional, inclusive multimídia, voltado ao processo de ensino e aprendizagem de alunos e profissionais e de formação da educação, bem como fornecer recursos físicos para a educação”.

Ortiz procurou minimizar o ato que levou à condenação. "Foram só cinco contratações por meio de processo seletivo devidamente publicado na imprensa local e que tiveram como único objetivo assegurar a continuidade de serviços essenciais, principalmente nas áreas de saúde e educação."

Da redação, com agências