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Com apoio brasileiro, começa resgate de prisioneiros das Farc

Uma missão humanitária partiu nesta quarta-feira (09) em um helicóptero brasileiro para a selva colombiana, na operação de resgate de cinco reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

O helicóptero partiu da cidade de Villavicencio, com a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba e representantes da Cruz Vermelha, para buscar o vereador Marcos Vaquero, o primeiro dos prisioneiros que as Farc libertarão unilateralmente nesta semana.

"Já vamos por ele", disse Córdoba a jornalistas. Ela afirmou ainda que há "muitíssimas medidas de segurança e muitas garantias" para que a operação seja realizada com sucesso –entre elas a "excelente tripulação" de pilotos brasileiros. "Tudo bem", disse a ex-senadora, em português.

A ex-senadora prevê que o helicóptero esteja de volta às 14h (17h em Brasília) no Aeroporto Vanguardia de Villavicencio, trazendo a bordo Vaquero, sequestrado em 28 de junho de 2009. Vaquero será deixado então na cidade de Florencia, capital do departamento (Estado) do Caquetá.

O outro helicóptero emprestado pelo Brasil permanecerá estacionado, por enquanto, no aeroporto. Após o resgate do vereador, a missão humanitária liderada por Córdoba irá de novo à selva resgatar o vereador Armando Acuña, do município de Garzón, e o soldado da Marinha Henry López.

A última etapa da missão, no domingo, será a cidade de Ibagué, de onde os helicópteros brasileiros partirão para receber o major da polícia Guillermo Solórzano e o suboficial do Exército Salín Antonio Sanmiguel.

Nas três regiões, as Forças Armadas suspenderão suas operações durante 36 horas, incluindo os sobrevoos, de forma a cumprir um protocolo de segurança firmado com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Depois da libertação, a guerrilha manterá cerca de 15 militares como reféns. Córdoba, contudo, já disse que os demais reféns poderão ser libertados até junho. A negociação em torno deles gera a expectativa de um processo de paz entre o governo e as Farc, mas o presidente Juan Manuel Santos ainda impõe dificuldades.

O Brasil, que no começo de 2009 e no ano passado participou da entrega de outros reféns, aceitou servir como facilitador com os helicópteros e as tripulações para receber três militares e dois políticos depois que a guerrilha aceitou as garantias de segurança oferecidas pelo governo.

Com agências