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Estudo aponta que maior problema do SUS é a falta de médicos

Levantamento divulgado nesta quarta-feira (9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 58,1% da população apontam a falta de médicos como o maior problema do Sistema Único de Saúde (SUS). A demora no atendimento foi a segunda maior queixa (35,4%).

Na terceira colocação, ficou a demora para conseguir uma consulta com um especialista (33,8%). Os entrevistados indicaram as alternativas a partir de uma lista pré-definida.

"A falta de médico e a demora pode ser face da mesma moeda. A demora pode estar associada à falta de médico" explica o gerente de pesquisa da Diretoria de Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro.

Aumentar número de médicos

O mesmo método utilizado para identificar os problemas foi usado para que fossem apontados os pontos positivos do SUS. A possibilidade de todo e qualquer brasileiro ter acesso ao sistema gratuitamente é o melhor ponto (52,7%), seguido pelo fato de todos receberem o mesmo atendimento sem nenhum preconceito (48%) e pela distribuição gratuita de medicamentos (32,8%).

Os entrevistados foram questionados ainda sobre possíveis sugestões para a melhoria na qualidade do SUS. Aumentar o número de médicos foi a principal sugestão para melhorar o atendimento em postos de saúde, nas emergências e as consultas com especialistas.

Para o atendimento em centros ou postos de saúde, quase metade dos entrevistados (46,9%) fez esta sugestão; para o atendimento por médicos especialistas, o percentual ficou em 37,3%, semelhante ao índice de entrevistados que sugeriram o mesmo em relação ao serviço de urgência e emergência (33%).

Para esses mesmos três serviços, as melhorias sugeridas em segundo lugar referem-se à redução do tempo de espera. Para melhorar o atendimento nos postos de saúde, 15,5% dos entrevistados responderam que é preciso reduzir o tempo de espera entre a marcação e a realização da consulta.

A mesma sugestão foi feita por 34% quando questionados em relação ao atendimento por médico especialista. Quanto aos serviços de urgência e emergência, cabe lembrar que não há marcação de consultas. Neste caso, a segunda melhoria mais citada (32%) foi a diminuição do tempo de espera para ser atendido.

O serviço de distribuição de medicamentos, por sua vez, é um pouco diferente dos demais. Por isso, 44,3% dos entrevistados indicaram que, para melhorá-lo, a lista de remédios disponibilizados gratuitamente deveria ser aumentada. Outros 34,3% disseram que o problema da falta de medicamentos deveria ser minimizado. A diminuição da demora para ser atendido na retirada do medicamento foi sugerida por 6,2% dos entrevistados.

Com informações do Vi O Mundo