Em Foz, Walter Sorrentino ressalta desafios políticos do país

Secretário Nacional de Organização do PCdoB, Sorrentino relaciona as transformações na cidade ao Projeto Nacional de Desenvolvimento e afirmação do Estado Nacional e soberano.

Com o plenário lotado na Câmara de Vereadores, o Secretário Nacional de Organização do PCdoB, Walter Sorrentino lançou na manhã deste sábado (12) o ciclo de seminários locais do PCdoB com a palestra “Projetos para o Brasil”. A palestra de Sorrentino integra o ciclo de seminários “Qual é a cidade que queremos?”, que visa debater com a população todos os aspectos da cidade e desenvolver um documento integral com as principais diretrizes para Foz do Iguaçu.

O tema ministrado por Walter Sorrentino “Projetos para o Brasil” teve como foco o Projeto Nacional de Desenvolvimento e a afirmação do Estado Nacional, que são os elementos centrais do programa do PCdoB para os avanços no país e tática para a construção do socialismo. De acordo com Walter Sorrentino, “A cidade que queremos?” é reflexo da luta nacional pelo desenvolvimento e fortalecimento do Estado brasileiro, que precisa repercutir para o povo brasileiro. “A cidade é a sede principal das vivências sociais, e as mazelas são grandes. Nós precisamos aproximar o projeto maior às pessoas da cidade, do povo”.

No Projeto Nacional de Desenvolvimento, Sorrentino apontou os elementos centrais para o fortalecimento do Estado e os avanços no país. “A questão nacional, com a soberania do Estado nacional e a luta antiimperialista; a questão democrática, com a incorporação do povo à nação, pois uma nação só existe com a expressão de seu povo; e a questão social, com a superação das desigualdades sociais”.

O Secretário de Organização também apontou os desafios políticos para cumprir a agenda progressista do governo e as reformas necessárias para aprofundar as mudanças no Brasil. “Precisamos lutar pelas reformas estruturais e democráticas: a tributária, da educação, da saúde, a reforma política, agrária, do sistema financeiro e a reforma urbana. Mas este projeto só estará na agenda política de Dilma Roussef se o centro do governo tiver firmeza e clareza para garantir programa. Por isso, o núcleo do governo tem que ser de esquerda”.

Sorrentino enfatizou o papel essencial das forças populares e segmentos sociais para provocar as demandas ao governo. “Precisamos não só dos partidos, mas de setores representativos mais avançados”. Esta ampliação das forças e a necessidade de organização social são fundamentais, por exemplo, para alertar contra um dos principais gargalos do governo: a política macroeconômica, que pode levar o país a uma desindustrialização. “O desenvolvimento do país envolve investimento. Há uma contradição dessa política econômica praticada que combate a inflação por elevação de juros. Não há uma clareza na defesa da moeda nacional, pelo contrário, a sobrevalorização da moeda é veneno puro contra o desenvolvimento”.

Apesar dos desafios a serem enfrentados, Walter Sorrentino aproximou o horizonte do socialismo aos militantes e participantes do encontro. “O socialismo é o desafio de fundo do PCdoB, e este nasce do chão do Brasil, neste caminho de desenvolvimento nacional e soberano do país”.

De Foz do Iguaçu, Jaqueline Castro.