Bancada independente é confirmada na Câmara Municipal do Natal

Antes com maioria esmagadora na Câmara Municipal, a Prefeitura do Natal tinha a oposição apenas dos vereadores Sargento Regina (PDT), Raniere Barbosa (PRB), George Câmara (PCdoB) e Júlia Arruda (PSB), com o vereador Heráclito Noé (PPS) mantendo a postura independente. No entanto, com o passar dos anos de administração e as divergências entre partidos e com os próprios vereadores, o Executivo perdeu os apoios de Luís Carlos (PMDB), Adão Eridan (PR), que passaram para o grupo de oposição. Além disso, com a saída de Paulo Wagner (PV) e Hermano Morais (PMDB), assumiram Assis Oliveira e Fernando Lucena (PT), que não integram a bancada de Micarla.

O PSB, que desde o início da gestão de Micarla esteve dividido, teve reuniões recentes com a presidente estadual da legenda, Wilma de Faria, para traçar as metas do partido para a eleição de 2012. A orientação foi que os vereadores deixassem a bancada governista, mas nem todos os vereadores acataram o pedido. O ex-presidente da Casa, vereador Dickson Nasser (PSB), permaneceu como aliado.

Já no PR, que conta com Adão Eridan e Assis Oliveira, a orientação foi o rompimento político e administrativo com a prefeita. Nesta terça, inclusive, o Diretório Estadual do Partido pediu desculpas à população por ter apoiado a eleição de Micarla de Sousa. Contudo, Assis Oliveira não acompanhou Eridan na bancada de oposição, e permanece com posição independente no Legislativo.

Após as mudanças, a bancada de oposição conta com sete vereadores, cinco estão neutros e a bancada de situação tem nove parlamentares. São eles: Aquino Neto (PV), Albert Dickson (PP), Chagas Catarino (PP), Dickson Nasser (PSB), Enildo Alves (sem partido), Edivan Martins (PV), Heráclito Noé (PPS), Maurício Gurgel (PHS) e Ney Lopes Júnior (DEM).

No atual cenário, a bancada da prefeita precisaria negociar com os vereadores independentes para a aprovação de todos os projetos, manutenção de vetos e aprovação de urgência nas matérias. Por outro lado, o grupo independente e a oposição, juntos, podem até instalar uma CEI para investigar setores da Prefeitura do Natal.