60 anos da declaração: Canção exige urgência dos direitos humanos

The Price of Silence (O Preço do Silêncio), novo tema musical e vídeo da Amnesty International como apelo urgente em favor dos direitos humanos universais. 

Laurence Fishburne, Stephen Marley, Natalie Merchant, Angelique Kidjo e Aterciopelados comemoram o 60º aniversario da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

O tema musical, baseado na “Canção de Protesto” do grupo colombiano premiado no Grammy Aterciopelados, é produzido por Andres Levin, co-fundador do Music Has No Enemies. A arrecadação, depois de deduzidos os gastos, será destinada à Amnesty International.

O vídeo, dirigido por Joshua Atesh Litle e ambientado na Assembléia Geral da ONU é um apelo urgente para que se renove o compromisso com os direitos humanos em todas as partes do mundo. 

“Sessenta anos após sua assinatura, a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem demonstrado ser um real agente de mudanças, ajudando a assentar as bases do trabalho dos movimentos fundamentados em direitos em todo o mundo. Entretanto, a cada dia surgem incontáveis casos de negação de direitos básicos. Nossa única oportunidade para mudar as coisas é erguer nossas vozes em uníssono e agir imediatamente de forma decisiva. A Amnesty International tem provado que este ativismo de base dá resultado. Por meio deste vídeo pedimos aos cidadãos do mundo inteiro que se esforcem ainda mais para conseguirmos justiça para todas as pessoas” disse Larry Cox, diretor-executivo da Amnesty International Estados Unidos.

Com um ritmo irresistível, o The Price of Silence é uma peça avassaladora que reúne artistas de renome, entre os quais figuram profissionais da música que sofreram violações de direitos humanos e são ativistas: Stephen Marley (Jamaica), Natalie Merchant (Estados Unidos), Julieta Venegas (México), Aterciopelados (Colômbia), Chali 2na de Jurassic 5 (Estados Unidos, Angelique Kidjo (Benin), Chiwoniso (Zimbábue), Emmanuel Jal (Sudão), Yungchen Lhamo (Tibet/Estados Unidos), Hugh Masekela (África do Sul), Natacha Atlas (Reino Unido/Egito), Rachid Taha (Argélia/França), Kiran Ahluwalia (Canadá/Índia) e Cucu Diamantes e Pedro Martínez, de Yerba Buena (Estados Unidos/Cuba). 

A primeira pessoa a gravar para o projeto foi Emmanuel Jal, rapper sudanês que foi menino soldado, um dia após haver falado na Assembléia Geral da ONU sobre as experiências brutais de sua infância perdida. A súplica que fez pessoalmente marcou toda a pauta. Embora artistas como Jal, Angelique Kidjo, Natalie Merchant, Aterciopelados e Stephen Marley (segundo filho de Bob Marley) abordem os direitos humanos de uma maneira mais comum, muitos dos participantes se expressam em suas próprias línguas e tradições.

A exilada tibetana Yungchen Lhamo entoa uma oração budista pela paz. A cantora de Zimbábue, Chiwoniso, canta a liberdade em shona. Rachid Taha e Kiran Ahluwalia se intercalam para cantar em árabe e urdu, respectivamente, acompanhados por Natacha Atlas, que acrescenta ao tema o arco de sua melisma em árabe. Yerba Buena contribui com um alegre canto iorubá. Andrea Echeverri, do Aterciopelados, escreveu dois versos e um estribilho em espanhol que interpreta com Julieta Venegas.

Jal não é o único MC do The Price of Silence. Hugh Masekela, um sul-africano ícone do jazz que passou muitos anos no exílio durante a Apartheid, contribui com um rap filmado em um telhado de Johanesburgo. Y, o artista norte-americano do hip-hop Chali 2na acrescenta sua penetrante voz de baixo para solicitar aos delegados da ONU que ajam para pôr fim aos homicídios e genocídios. The Price of Silence não é apenas denúncia do que está ruim, mas a força do espírito humano que grita forte para corrigir.

Embora os artistas tratem de assuntos difíceis e dolorosos, uma energia positiva e vivificante erradia de suas atuações à medida que vai sendo filmado o salão da Assembléia Geral no baile pelos direitos humanos universais. Contagiados pela mensagem dos músicos, os delegados da ONU escutam e pouco a pouco vão se deixando levar pelas mensagens das canções e acabam cantando e dançando juntos.

Produzido Por Link TV: Television Without Borders para Amnesty International.
Dirigido por Joshua Atesh Litle
Produzido por Steven Lawrence.
Diretor de Produção: Michael Owen
Produtor associado: Michael Shapiro.
Produtor musical: Andres Levin para Music Has No Enemies.
Produtor musical executivo: Pilar O´Leary para Music Has No Enemies com o apoio do pessoal adicional de Paloma Blanca Creative Enterprises.
Assembléia Geral da ONU digital produzida por The Syndicate Efeitos visuais adicionais, cortesia da Phoenix Editorial Design.