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Soluções apropriadas aos “conflitos sociais”

O Partido Comunista Chinês (PCC) e o governo têm os meios para tratar os “conflitos sociais” aparecidos com o desenvolvimento social e econômico da nação, indicou Zhao Qizheng, porta-voz do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o mais eminente órgão consultivo político da China.

Na última quarta-feira (23), quando os jornalistas o interrogaram sobre a questão dos conflitos sociais, Zhao procurou tranquilizar. As duas sessões que se desenrolarão em Pequim no próximo mês reunirão milhares de legisladores e conselheiros políticos oriundos do Comitê Nacional da CPPCC e da Assembleia Popular Nacional (APN).

Problemas tais como o desenvolvimento desigual das regiões, a distribuição desigual das riquezas e o fosso crescente entre ricos e pobres apareceram durante o desenvolvimento brilhante da economia chinesa, lembrou Zhao.

Mas estes problemas não irão comprometer a estabilidade social, disse Zhao confiante, acrescentando que o PCC busca ativamente as soluções.

"Estes problemas não deixam nem o PCC nem o governo indiferentes. Eles se esforçam, muito pelo contrário, para resolver ativamente os problemas, fortalecendo a comunicação com o público e procedendo a toda a sorte de estudos e de pesquisas complementares”, explicou Zhao.

"Como partido político, o PC tem-se mostrado muito aberto em relação a essas questões. Além disso, o partido tem sido capaz de adotar soluções adequadas. É por isso que estamos confiantes e cremos na estabilidade e no desenvolvimento futuros”; observações que têm respondido diretamente às crescentes preocupações de numerosas pessoas sobre as questões que tocam a sua vida cotidiana.

E à questão "que problema, segundo sua opinião, deveria ser tratado prioritariamente quando da realização dessas duas sessões”, os internautas que participaram da enquete realizada pelo Diário do Povo, escolheram a segurança social, o sistema judiciário, a luta anticorrupção, a questão da distribuição da renda e a da alta do custo da habitação.

"Senhor primeiro-ministro, peço que reforce as medidas de combate à corrupção”, escreveu um internauta num fórum on line intitulado “Questione diretamente o primeiro-ministro”, no sítio people.com.cn.

"O governo fala em controlar os preços da habitação há muito tempo. Então por que os preços continuam tão elevados?”, comentou outro internauta, antes de acrescentar: “Eu aspiro a comprar um apartamento para poder me casar”.

Segundo os especialistas, é chegado o momento para o governo pôr mais ênfase na divisão mais justa das riquezas do que na corrida desenfreada ao desenvolvimento. Dessa maneira, dizem eles, um número maior de pessoas poderá colher os frutos do desenvolvimento econômico.

Yang Hongshan, professor de administração pública na Universidade do Povo da China, observou: “Durante os últimos trinta anos de desenvolvimento econômico intensivo, as pessoas em posse de um hukou urbano (permissão de residência permanente) certamente têm sido privilegiadas, em comparação com os trabalhadores migrantes [de outras regiões da China], por exemplo”.

Ray Yang, trabalhador de 25 anos residente em Pequim, disse: “As pessoas não querem mais longos discursos; querem ver progresso e melhorias concretas em suas vidas”.

Fonte: China Daily, edição em francês
Tradução da redação do Vermelho